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Sessão caiu nesta quarta e matéria volta aos debates na segunda-feira, 19
Foto: BJÁ
Sem sessão na Assembleia Legislativa nesta tarde de quarta-feira, 14, devido falta de quórum, ficou para ser decidido na próxima semana o pedido de autorização legislativa do governo do Estoado para contrarir um empréstimo de R$563.77 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O regime de urgência para apreciar a matériia já foi votado e, graças à tramitação especial, poderá ser votado em plenário na próxima segunda-feira, 19, já que o prazo regimental cai para 24 horas.
O líder do PMDB, deputado Leur Lomanto Jr, falando com o BJá na ALBA, no final desta tarde, disse que a bancada da oposição vai contestar a aprovação da matéria, porque no seu entendimento o Projeto de Lei do governador Wagner, não explicita para que será esse empréstimo e representa "um cheque em branco e isso nós não vamos permitir", confessou.
Segundo Leur Jr, até agora a liderança do governo, nem o projeto encaminhado pelo governador em apenas uma folha de papel, diz como serão aplicados esses recursos, salvo de que são para áreas de infraestrutura, saúde e abastecimento de água. "Tudo muito vago e nós precisamos de maiores explicações para votar uma matéria dessa natureza", confidenciou ao BJá.
O líder do governo na Casa, deputado Waldenor Pereira (PT), durante a votação da urgência encaminhou favoravelmente explicando que a Bahia foi um dos estados que mais sofreram com a crise econômica mundial do ano passado, que afetou diretamente a economia em vários paíes e estados.
Também sem apontar detalhes de onde serão aplicados os recursos, Waldenor explicou que serão para "abastecimento de água, saneamento, habitação e rodovias".
A oposiçao encaminhou contrária à matéria. O deputado Paulo Azi (DEM) ocupou a tribuna para reclamar que não detalha como serão investidos os recursos, e, portanto, é um empréstimo bastante nebuloso.
Para o deputado João Carlos Bacelar (PTN), o coletivo da urgência, já aprovada na noite de ontem (terça, 13) é pra evitar discussão em torno da matéria. "É um verdadeiro cheque em branco dado ao governador em ano eleitoral", frisou.
HISTÓRIA
No final do governo Waldir Pires, salvo melhor juizo em 1989, um projeto parecido com o atual chegou a ALBA para votar um projeto de lei no valor de US$80 milhões, recursos para construção do novo Pronto Pocorro para Salvador.
Matéria polêmica, na época, diz-se que Reinaldo Braga e Antonio Honorato empurraram o deputado Almir Miranda para o plenário, combinados, para criar uma situação vexatória. A matéria não foi aprovada.