Política

VEREADORES OPINIAM SOBRE ALIANÇA ENTRE CÉSAR BORGES E DEPUTADO GEDDEL

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| 13/04/2010 às 23:00
Vereadora Olívia Santana (PCdoB) diz que foi "sentimento de alívio"
Foto: ASCOM
  (Por Marivaldo Filho)

"Um sentimento de alívio". Foi assim que a vereadora Olívia Santana (PCdoB) descreveu a sensação ao receber o anúncio oficial de que o senador César Borges vai compor a chapa de Geddel nas próximas eleições. Nesta terça-feira (13), na Câmara Municipal de Salvador, os vereadores debateram durante quase toda a sessão ordinária desta tarde as mudanças na conjuntura política baiana que influenciaram na formação de alianças visando o pleito deste ano.

"Ele nunca se sentiu confortável no nosso meio porque é uma expressão política que remete ao ‘carlismo'. Isso fez com que ele não conseguisse abraçar o projeto de Wagner. O nosso governador sempre privilegiou quem ‘comeu poeira' com ele desde o início e não iria tirar o espaço de quem sempre esteve na mesma luta por causa de César Borges", afirmou Olívia.

Para criticar a postura dos aliados de Wagner que ‘só começaram a criticar o senador César Borges após o anúncio da aliança com Geddel', Téo Senna ironizou. "É a mesma coisa que uma noiva ser humilhada porque não quis ir pra cama antes do casamento. Não podem desqualificar as pessoas quem ontem serviriam. César Borges tem uma grande importância para Salvador e para a Bahia", respondeu.

Em tom mais comedido, a vereadora Vânia Galvão (PT) ressaltou a importância das alianças em prol de um projeto eleitoral, mas declarou que não pode ser a qualquer preço. A petista acha que César Borges não tem o perfil do grupo partidário que apóia o governador Wagner e, por isso, "se deixou levar pelos projetos do PMDB".

Sandoval Guimarães (PMDB) considerou que a união de Geddel com César Borges veio em um momento importante e parabenizou o senador pela aliança. "Está de parabéns. Ele entendeu que existe a necessidade de uma mudança e Geddel já demonstrou que é capaz de colocar em prática um novo modelo de administração que será benéfico para o todo povo baiano", opinou.

Xiitas

Na opinião do vereador Paulo Magalhães Júnior (PSC), César Borges foi desejado por todas as chapas e só não chegou a um acordo com o grupo de Wagner "por causa dos xiitas" (como ele denominou os extremistas do Partido dos Trabalhadores que pressionaram para que a aliança fosse ratificada).

Outro que acha que houve muito radicalismo por parte dos petistas é o vereador Alcindo da Anunciação (PSL). Para ele, as perdas do tempo de horário político, do apoio da bancada na Assembléia Legislativa e ‘de um nome político de peso' na chapa podem ser decisivas no resultado da eleição.

"De que adianta dizer que o senador César Borges não tem o perfil e perder a eleição? Wagner transformou um candidato que, teoricamente seria fraco em um forte oponente", declarou Alcindo.