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Deputada Maria Luiza (PSC): "Vivo uma farsa política rodeada de fogo amigo".
Foto: BJÁ
Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa nesta tarde de terça-feira, 13, para surpresa de todos deputados, a deputada Maria Luiza (PSC), esposa do prefeito João Henrique (PMDB) disse que vive "uma farsa política, rodeada de fogo amigo, uma verdadeira guerra fria" e, por isso mesmo, renuncia à vida política, não é mais candidata a deputada federal como se anunciava e volta ao trabalho social na Prefeitura.
Segundo a deputada sua condição política é "extremamente delicada, porque fui além, por convicação pessoal, não pertenço ao grupo de apoio à candidatura do ex-ministro Geddel Vieira Lima e sei que isso já me custaria a perda da legenda partuidária, o direito de ser candidata".
Ainda segundo a deputada, ontem (se referia a aliança César Borges com Geddel) "fui submetida a mais uma sessão de pressão, dessa vez fui pega de surpresa, restando apenas duas opções: ou voltar atrás nas minhas decisões ou continuar na luta por um mandato. Hoje, falta-me entusiasmo".
Em seguida, sentenciou: "Nesse momento desisto de minha candidatura a deputada federal. O meu sentimento é de alívio, sem ressentimentos, sem delongas".
POSIÇÃO
Em entrevista ao BJá após o pronunciamento na ALBA, a deputada garantiu que, hoje, sequer será candidata à reeleição na Assembleia Legislativa, a política virou um empreendendorismo, que não vende sua alma e não apoaria Geddel Vieira Lima de forma alguma.
"Quero destacar que essa não é uma atitude pessoal e sim política" frisou a deputada situando que ela e seu marido (João Henrique) são interdependentes nesse campo.
Entende a deputada Maria Luiza que seu breve tempo na vida política deu para perceber, sem perder a flexibilidade e sempre defendendo seus pontos de vista que, "as pessoas raramente são contra mim, mas, frequentemente estão apenas a favor delas próprias".
Ou seja, a deputada acha que vive numa "farsa", numa "verdadeira guerra frisa" e sua vida se tornou um "turbilhão desde o anúncio de sua candidatura a deputada federal, além da resistência da minha família, dos meus filhos, do meu esposo que só concebe uma candidatura á reeleição".
Por fim, a deputada comenta que "sou PSC...sem vocação para ser refém..por isso vivo em silêncio e afastada das atividades políticas. E com as novas mudanças político-partidárias (união PSS/PMDB/PR), as dificuldades ganharam dimensão, inviabilizando, assim, o meu projeto".