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Elmar: "Não se canta vitória antes do tempo, nem se menospreza partidos"
Foto: BJÁ
O deputado Elmar Nascinemtno, PR, oposição ao governo Wagner, comentou para o BJá a repercussão do ato político de adesão do senador César Borges (PR) à chapa majoritária ao governo da Bahia encabeçada pelo ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, e considerou que representou "um golpe forte no governo".
Bem humorado na sessão desta segunda na Assembleia Legislativa, Elmar situou que os governistas estavam passando para a população uma "falsa idéia" de que à reeleição de Wagner seria como "favas contadas, com anúncios prscipitados na imprensa, sem a menor consistência e veracidade dos fatos".
"Alianças são feitas nos bastidores, bem amarradas e observando todos os integrantes do processo sem prejuizos para ninguém" comentou o deputado destacando o papel "relevante" do senador César Borges, o qual, sempre colocou o partido (PR) como uma legenda expressiva e soube cativar todos os deputados.
"Hoje, temos uma chapa em condições de elegibilidade, coesa, com todos participando num mesmo barco" frisou o deputado.
OUTRAS OPINIÕES
Para o deputado Paulo Azi, DEM, sem entrar no mérito das questões internas do PT, comentou que a perda de César Borges depois de tantas articulações e juras de alianças representa uma "falta de habilidade política dos homens do governo impressionante, nunca vista na Bahia".
Em sua ótica, César estava sendo disputado, a rigor, depois que o PR nacional definiu a aliança com Lula/Dilma, apenas entre Wagner e Geddel, assim mesmo com 99% para Wagner e 1% para Geddel. "No entanto, houve essa virada, o que mostra incompetência dos articuladores do governo".
Azi não quer avaliar as movimentações de votos na sequência do episódio porque ainda é muito cedo. Com sua experiência de político que já participou de várias eleições acha que, a partir de agora, o processo de novas articulações com as bases vai ficar mais lento e duradouro porque as lideranças vão debater mais internamente até tomar decisões.
Já o deputado capitão Tadeu (PSB), bastante preocupado com a centralização de poder no seu partido sob o comando da dobradinha Lídice-Leonelli, "que só beneficia a eles e não ao conjunto, a ponto de Lídice dizer que não preparou o partido para as eleições" vai ter que rearrumar a casa.