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O líder do governo Waldenor Pereira (PT), disse na tribuna da ALBA que nada teme
Foto: BJÁ
Por acordo de lideranças a CPI do Metrô de Salvador será instalada nesta quarta-feira, 7, às 10h, na Assembleia Legislativa, mas, dificilmente vai funcionar. Há um impasse quanto à composição da presidência e relatoria, exigências que o bloco da maioria com 4 assentos na comissão quer para sí, sem abrir mão dessa prerrogativa; enquanto a minoria, igualmente com 4 assentos na CPI, deseja ficar com a presidência.
Esse impasse vem se arrastando há quase 30 dias mesmo após o deputado Elmar Nascimento (PR), proponente da matéria e em tese presidente da CPI pela tradição da Casa (quem propõe o requerimento preside a Comissão) ter aberto mão do cargo tentando, com isso, facilitar a instalção da CPI. Acontece que o líder da minoria, deputado Heraldo Rocha, DEM, diz que não abre mão do cargo nem a pau.
Diante desse cenário, com a base do governo dispondo de 4 votos na CPI e a oposição também 4 votos vai dar empate na votação desta quarta e a comissão continuará emperrada. Para o líder do governo na Casa, deputado Waldenor Pereira, a maioria é da base na proporção 4+2+1+1 considerando que dois dos deputados são do bloco indepentende e, portanto, "temos direito a presidência e a relatoria".
QUESTÕES POLÊMICAS
Para o deputado João Bacelar (PTN), que integra a CPI no bloco da oposição, o que está havendo é medo do governo, mais precisamente do PT, "porque a Camargo Correia, empresa envolvida em indícios de superfaturamento na obra do metrô, é a grande financiadora de campanha deste partido". Essa também é a tese defendida por Elmar Nascimento, outro integrante da CPI.
Para o líder do PT na Casa, deputado Paulo Rangel, a oposição está vendo chifre em cabeça de cavalo. Rangel se diz pasmo observando deputados da oposição na ALBA favoráveis a CPI, mas, esses mesmos parlamentares proibem que seus aliados na Câmara de Vereadores de Salvador instalem uma CEI do Metrô por lá.
Segundo Rangel, em pronunciamento na tribuna da ALBA, "aí vocês iriam ver vereador sair direto para a cadeia, secretários e ex-secretários nessa mesma direção" pontou o deputado esclarecendo que a CEI do Metrô é muito mais pertinente naquela Casa Legislativa do que na ALBA, embora, diga que o governo nada teme.
Já o líder da Oposição, Heraldo Rocha, DEM, destaca que o governo teme mesmo a CPI do Metrô e se diz convencido que é devido as questões envolvendo a Camargo Correia.