Política

MINISTRO GEDDEL QUER A VOLTA DO FUNDO DE DEFESA CIVIL

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| 24/03/2010 às 11:04
A reativação do Fundo Nacional de Defesa Civil, para suprir a necessidade de
fontes de recursos para as ações da Defesa Civil, sobretudo programas
preventivos, foi defendida pelo ministro da Integração Nacional, Geddel
Vieira Lima. Ele fez essa afirmação ao abrir a 1ª Conferência Nacional de
Defesa Civil e Assistência Humanitária, que prossegue até esta quinta-feira,
em Brasília.

"Tenho plena convicção de que este é o caminho para darmos sequência às
ações de prevenção, socorro, resposta e assistência à população afetada por
desastres. Não podemos ficar reféns de medidas provisórias. Daqui deverá
sair diretrizes claras para que possamos identificar fontes de recursos para
o fundo", disse o ministro.

A Conferência acontece no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. Os
principais objetivos são os de avaliar a situação da Defesa Civil hoje,
traçar diretrizes de atuação e fortalecer a participação social. Convocada
pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, servirá para estabelecer
legitimidade das propostas discutidas nas etapas municipais e estaduais,
realizadas de novembro de 2009 a março de 2010.

Durante três dias, mais de 1.500 delegados de todo o país discutem, entre
outros temas, a adequação da estrutura administrativa do sistema para que se
consiga dar conta dos processos de mudanças climáticas, do crescimento da
população e dos problemas das grandes cidades. Outro destaque será a mudança
de paradigma quanto à assistência humanitária no Brasil, para que seja
integral e não só pós-desastre.

A secretária Nacional de Defesa Civil, Ivone Valente, alertou para a
necessidade de serem encontradas formas de aumentar a participação da
sociedade nas políticas públicas de defesa civil: "O processo de troca de
experiências e debates em torno da Defesa Civil é o nosso maior ganho. O que
estamos iniciando não será alcançado à curto prazo, sobretudo porque quando
falamos em prevenção e preparação, contemplamos mudança de cultura".

Segundo a secretária, a Conferência "é um convite, um marco histórico, para
que com respeito à pluralidade cultural, social, política, científica e
econômica, saiamos daqui com diretrizes para a elaboração de políticas
públicas capazes de preparar a todos para o enfrentamento e gerenciamento
dos riscos naturais, ambientais e tecnológicos".

Também participaram da mesa de abertura o diretor do Departamento de
Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, Guilherme Franco Neto,
o Embaixador de Taiwan, George Pu, o representante da secretaria-geral da
Presidência da República, Marcelo Pires, a presidente da Associação dos
Desabrigados e Atingidos da Região de Baús/SC, Tatiana Reichert, e o
representante do Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres
da Universidade de Santa Catarina, Edésio Jungles.

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