"Embora respeite, como sempre, as decisões do Judiciário, não posso me conformar com a proibição de uma peça publicitária que se baseia em recortes de jornais, matérias de revistas de grande circulação nacional, programas de televisão a exemplo do Jornal Nacional e do Fantástico, que relataram atos de vandalismo e terror como incêndios de ônibus e atentados armados contra autoridades policiais, demonstrando os graves problemas de segurança pública que toda a Bahia vivencia. Foi uma decisão absolutamente sem precedentes", disse.
Souto destacou que, quando era governo, a oposição sempre utilizou seu tempo de propaganda para críticas, algumas delas virulentas, contra a administração pública, mas seu governo nunca pediu a censura nem os tribunais cassaram o direito de expressão da oposição.
"Da maneira como as coisas foram colocadas, parece que a Justiça Eleitoral baiana suprimiu o direito básico da oposição em criticar, como se não fosse um problema do atual governo cuidar da segurança pública. Em nenhum estado brasileiro se viu uma censura deste tipo".
Para o ex-governador não há outra opção ao Democratas senão recorrer a outras instâncias da Justiça para assegurar seus direitos. "Vamos buscar a manutenção de nossa liberdade de expressão, para que não se crie na Bahia um precedente perigoso", concluiu Souto.