Para Wagner, "uma grande obra não é so aquela que fica bem na foto, É aquela que mexe e devolve cidadania ao povo excluído e oprimido da Bahia e do Brasil". Condenou a visão e modelo reinante no país até o presidente Lula de se escrever uma história a partir da visão da elite brasileira e não de escrever a "verdadeira história do povo brasileiro na busca da construção de um Brasil justo, solidário, desenvolvido, forte democraticamente".
Por isso mesmo, considerou como muito importante a aliança do PDT com seu projeto de governo lembrando Getúilo Vargas, João Goulart e Leonel Brizola, sem os quais, o Pré-Sal, hoje, seria impossível, porque estas foram lideranças que ajudaram a construir um Brasil soberano. "Hoje, todos se rendem ao sucesso da Petrobras, mas é preciso recordar a história e a participação popular e do PDT na Campanha do Petróleo é Nosso".
REVOLUÇÃO DE COSTUMES
Segundo Wagner, a atitude do seu governo e de sua ação política, representam "uma revolução de costumes porque até pouco tempo era muito fácil ou muito difícil fazer política na Bahia. A Bahia fazia política com a simplificação do certo e do errado, Do sim e do não, de quem estava no poder e quem estava contra o poder. E a política é a arte de fazer o entendimento entre os seres humanos. É muito mais complexa do que a política simplificadora que se impôs na Bahia mesmo depois do fim da ditadura militar".
Confessou que, na Bahia, "não se tinha o direito de divergir, de pensar, de contraditar. Aqui, trabalhadores, políticos, jornalistas, advogados eram perseguidos, vilipendiados, acharcados, e tinham seus negócios fechados e jornais perseguidos. A Bahia que não honrava e respeitava a tradição de Castro Alves, de Ruy Barbosa, do maior educador da Bahia, Anisio Teixeira, e a aqui a Bahia foi se fazendo a politica do bem e do mal, como se a política pudesse ser simplificada".
Wagner admite que o povo terminou com essa situação em outubro de 2006 com a ajuda de boa parte do PDT. "E nós conseguimos essa vitória e hoje aqui está a complexidade da política e sou apenas o representante do povo. A Bahia entrou na complexidade da democracia".
Entende o governador que a Bahia não aceitar mais projeto político como o anterior com um chefe do "concorda está conosco; discorda está lá. Eu sou o governador e um líder político com um projeto. Eu não sou chefe. Eu respeito a inteligência hiumana, eu respeito o contraditório, porque é alma da democracias . Não sou do partido do pensamento único. A riqueza do PT é a divergência; a pobreza é não saber tratar dela. É achar que você tem que brigar o tempo todo".
O governador revela que alguns tentaram, agora, reduzir de novo a política baiana ao argumento envolvendo balcão de negócios. Que alguns confundiram o PDT e acharam que poderiam arrastar o PDT para uma avenmtura, mas, o PDT mostrou que é partido de projeto e não de ocasião.
GOVERNO E PSDB
"Recebemos este estado como a segunda pior educação pública do Brasil com 2.150.000 analfaberos acima de 15anos. Não sou governo só de cimento e asfalto, sou também de cimento e asfalto, mas nada vale o edifício material se não colocarmos dentro dele o conteúdo de um projeto político que queira resgatar a democracia, o desenvolvimenmto social, a saúde e a educação".
Para Wagner, "uma grande obra não é aquela que fica bem na foto. É aquela que mexe e devolve cidadania ao povo excluído e oprimido da Bahia e do Brasil".
Sobre a saída de Marcelo Nilo do PSDB e ingresso no PDT, Wagner disse que, se alguém descumpriu a palavra não foi o deputado Marcelo Nilo "que provou que é homem não pela valentia, que provoyu que é homem por honrar a palavra empenhada. Eu aprendi com meu pai que o problema não é passar fome é de passar vergonha porque quando um homem e uma mulher perdem a vergonha não prestam para mais nada na vida".
Wagner lembrou, ainda, que honrou os compromissos assumidos com o atual senador João Druval, trabalhando sua eleição, em 2006, e não permitindo que o PT lançasse um candidato ao Senado.
"Eu não faço política com olho no retrovisor. Em política vale o projeto, a gratidão e a democracia. Coloquei o candidato do PSDB a prefeito (Antonio Imbassahy) como conselheiro da Embasa para dar um sinal de que gosto de reciprocidade, de lealdade e de gratidão na política. Não me caso na política para me separar amanhã. Entrei no PT na sua fundação e até hoje estou nele. Gosto de fazer alianças que sejam duradouras e por isso apostei no PSDB o PSDB de Nestor Duarte, Marcelo Duarte, Marcelo Nilo e tantas outras pessoas com quem não tive problemas".
"Fui para a Conveção de Imbassahy porque o PSDB estava na nossa base. Essa heterogeneidade é que iria derrubar o velho método de fazer política, do sim e do não. Porque a política é muito mais rica e por isso fomos as três Convenções (Walter Pinheiro, João Henrioque e Antonio Imbassahy). Mas o PSDB não cumpriu sua palavra comigo. Não tenho mágoas. Porque quem perde é quem não cumpre a palavra".