Rangel disse que a empresa "até parece a casa de mãe Joana", com "carros oficiais vêm sendo usados", assim como a "distribuição de alevinos", que são filhotes de peixe para criação. "Um dos gerentes da Bahiapesca, o de operação, tem dito que o objetivo na região do São Francisco é eleger Mário Negromonte Filho", acusou.
O deputado disse que, com esse tipo de gestão, "não surpreendem os resultados da empresa, apesar de seu grande potencial. "É uma vergonha, uma indecência, o que vem acontecendo", completou, dizendo estão sendo realizados convênios "com associações que nem têm piscicultores", e que essa não é a prática do governo Jaques Wagner.
A empresa Agropac, que, segundo o deputado, fornecia ração à Bahiapesca no início do governo e foi afastada, voltou, sem licitação, a ser responsável pelo fornecimento. Rangel assegurou que o quilo das rações de primeira e segunda qualidade, que nos balcões custa respectivamente R$ 2,80 e R$ 1,60, está sendo comprado por R$ 5,18 e R$ 3,10.
"Nós, do Partido dos Trabalhadores", declarou o líder, "que confiamos no espírito republicano do companheiro Jaques Wagner, não vamos admitir esse tipo de prática". Além de alertar o governador, ele pediu também que o Conselho da Bahiapesca fiscalize a atuação da empresa, "para que não seja usada como instrumento de barganha política".
O deputado informou ainda que a Bahiapesca está sendo representada em eventos não por seus legítimos dirigentes e técnicos, mas por "cabos eleitorais", destacando o fato de que Mário Negromonte Filho não é funcionário da Bahiapesca "nem mesmo da Secretaria da Agricultura".