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Comissão quer marcar audiência com Beth Wagner
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As denúncias de que políticos estariam recebendo financiamentos de campanha e funcionários públicos recebendo propinas de uma empresa de padrão internacional, sediada na Bahia, para obtenção de licenças ambientais vão ser apuradas pela Comissão de Meio Ambiente da Assembeia Legislativa. Por sugestão dos integrantes do colegiado, que tem o deputado Gaban como presidente, o assunto será tratado com muita cautela e até mesmo sigilo.
As denúncias de um jornal que circula mensalmente não serão desprezadas, entretanto, somente depois de ouvir a gestora do Instituto do Meio Ambiente - IMA/Crea, Beth Wagner, técnicos da empresa acusada, o promotor que divulgou as mesmas para a imprensa e o jornalista responsável pela matéria é que o colegiado definirá quais as providências que serão adotadas.
Gaban destaca que financiamentos de campanha para candidatos a cargos eleitorais são permitidos por lei, desde que com obediência aos critérios legais, e no caso de propina a funcionários públicos tem que haver provas suficientes para incriminá-los. Mas a comissão reconhece que a empresa acusada tem investido bastante na Bahia, gerando emprego e renda e qualquer precipitação poderá desgastar-lhe a imagem, inibindo novos investimentos no estado.
O presidente do colegiado vai marcar imediatamente a audiência com Beth Wagner para que a gestora do IMA possa se pronunciar sobre o assunto, diante de todos os membros da comissão. Também serão mantidos contatos com técnicos da empresa, com o promotor e com o jornalista, pois somente bastante fundamentados os deputados procurarão o Ministério Público.
AREIA
Durante a reunião ordinária de ontem pela manhã, o técnico ambiental Valter Leal denunciou que estão sendo retiradas ilegalmente cerca de 50 caçambas de areia das margens do Rio Jaguaribe, nas proximidades do município de Santo Antônio de Jesus. O denunciante trouxe inclusive farto material fotográfico e a comissão vai apurar minuciosamente este problema para tomar as medidas legais.
A primeira audiência pública da comissão este ano foi proposta pelo deputado Zé Neto (PT) para tratar de critérios que definam o zoneamento do compartilhamento ambiental, permitindo com isso que os municípios aumentem seus poderes sobre a fiscalização do meio ambiente. O Litoral Norte, o extremo Sul e a região Oeste, segundo o deputado Nelson Leal (PSL), são as que mais reivindicam um zoneamento econômico ecológico.