"Essas empresas de pequeno e médio porte paralisaram suas atividades e estão na iminência de fecharem as portas por falta de capital de giro, colocando em risco 20 mil empregos. Dos R$100 milhões devidos pelo Derba, R$73 milhões referem-se a débitos do ano passado e R$27 milhões a este ano. Essa notícia chega num momento ruim porque vem num momento de crise, somente agora reconhecida pelo governo do estado", afirmou Bacelar. O deputado ressaltou que perder 20 mil empregos num momento em que há um crescimento de 7,5% de desempregados em relação ao mesmo período do ano passado que hoje buscam o seguro-desemprego só vem complicar uma situação que já égrave.
CORTE DO GOVERNO
"E o setor da construção civil é um dos que mais emprega no Brasil e é a que mais é atingida por esse corte do governo Wagner. A Conder é outra estatal que não honra seus compromissos com as empreiteiras desde outubro do ano passado. Onde está o dinheiro que o governo alega ter em caixa? Anunciaram R$2 bilhões de reservas. Onde está este dinheiro? Só posso creditar a suspensão dos pagamentos a um descontrole da Secretaria da Fazenda com as contas do Estado", avaliou.
O deputado também questionou o que está havendo no Estado quando empresas que geram emprego e renda estão deixando o Estado por não terem os incentivos fiscais renovados numa época de crise mundial, onde o mais penalizado é o trabalhador. "Perdemos empresas como a Britânia e tantas outras e não se vê uma ação do Estado. O caso é tão grave da falta de atração de novos empreendimentos que o governador está indo a inauguração de fábrica que já existe", ironizou.
Bacelar lembrou que esteve em Camaçari onde o governador inaugurou a nova fábrica de estireno da Unigel. "Procurei uma nova fábrica e não encontrei. O que encontrei foi a fábrica da Estireno do Nordeste que foi vendida a Unigel. Não foi acrescido um único emprego ou será produzido uma grama a mais de estireno. Tudo continua o mesmo, só a fábrica que mudou de razão social", criticou.