Política

PROJETO MUDA NÚMERO DEPUTADOS NAS COMISSÕES DA ALBA E CAUSA REBULIÇO

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| 04/03/2009 às 17:19
O deputado Elmar Nascimento (PR) diz que é casuismo puro do governo
Foto: Foto: BJá
   Um Projeto de Resolução encaminhado à Mesa da Assembléia Legislativa pelo líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), nesta tarde de quarta-feira, 4, propondo uma mudança no número de deputados nas comissões, de 8 para 9 em cada uma das 10 comissões, e nas 3 provisórias, causou o maior rebuliço na ALBA.

  Para o deputado Elmar Nascimento, PT, trata-se uma situação inconcebível e casuística e que atesta a desconfiança do governo em sua própria base, sobretudo em relação aos deputados do PMDB e do PP. Hoje, dos 8 deputados de cada comissão, o PT/PMDB/PP (a base) tem 5; Oposição 2; PR 1. 
 
  "Atitudes dessa natureza não pode prevalecer no parlamento quando o jogo já está em andamento, inclusive com a Mesa Diretoria composta por 8 deputados em plena atividade. E, nós, não podemo pactuar com isso", comentou o deputado Elmar entendendo que o governo perdeu a confiança nos deputados do PMDB e até do PP.

   JUSTIFICATIVA

   Para o líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), não há qualquer casuísmo na matéria e sim uma proposta que visa colocar as comissões da ALBA no mesmo patamar de outras assembléias do país, permitindo ao presidente da cada comissão uma maior flexibilidade de votação.

   Waldenor diz que o Projeto de Resolução será apreciado pela Comissão de Constituição e Justiça e pela Mesa Diretora (também considerada Comissão) e deverá ir a plenário assim que sejam cumpridas as formalidades legais.

   Enquanto isso, até amanhã, quinta-feira, todas as comissões da Casa serão constituidas com 8 membros, aguardando a complementaridade de mais 1 deputado para cada uma delas, após a aprovação do Projeto de Resolução.

   O deputado Gildásio Penedo Filho, DEM, diz que isso é uma aberração inominável. O líder do DEM, deputado Misael Neto, destacou ser inaceitável "uma proposta dessa natureza". E, o líder da Oposição, Heraldo Rocha, classificou o projeto como uma "escrecência".