Os contratos sem o concurso da licitação estão publicados no Diário Oficial do Município (DOM) do dia 4 de fevereiro de 2009. Entre os serviços a serem executados pela empresas estão: limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos em praias e feiras livres, coleta de entulho, varrição em vias e logradouros, varrição mecanizada, utilização de caminhões muncks, roçadeiras e trator esteira, manutenção de equipes dentre outros serviços públicos.
Para a vereadora Olívia Santana esse tipo de contrato sem licitação abre brecha para uma série de procedimentos que podem atentar contra os interesses verdadeiramente públicos. O que se observa, disse Olívia, é que "são as mesmas empresas beneficiadas o tempo todo, sem licitação, repetindo um clico vicioso".
A vereadora lembra que em 28 de dezembro de 2007, a prefeitura fez aprovar na Câmara o sistema de Parceria Público Privado (PPP), e até hoje o Executivo não utilizou mecanismo das PPPs para atração do capital privado para a execução de obras públicas e serviços públicos por meio de concessão, bem como para a prestação de serviços de que a administração pública seja usuária direta ou indireta, suprindo a escassez de recursos públicos para investimentos de curto prazo.
"É preciso a prefeitura enfrentar, por exemplo, o problema do lixo em Salvador. Não dá para permitir a continuação de certas empresas sendo beneficiada com a conivência do Executivo", protestou Olívia. Ela acentuou que a Câmara tem o dever de fiscalizar os atos que dizem respeito ao interesse da cidade e da população.