O presidente do PT na Bahia, Jonas Paulo, afirmou nesta sexta-feira, 13, em entrevista na Rádio Nova Salvador FM, que acredita na manutenção da aliança do PT com o PM nas eleições majoritárias de 2010. Hoje, à noite, em encontro no Restaurante Chez Picanha, o partido comemora seus 29 anos de existência e convidou o presidente regional do PMDB, Lúcio Vieira Lima, para o encontro.

  Jonas atesta que não vê porque rompimento na aliança PT/PMDB "até porque é fundamental a continuidade do processo de mudança iniciado pelo governo Jaques Wagner" e que vem levando o estado - na opinião de Jonas - a posições de destaque e equilíbrio.

  - Essa forma de governar sem mandonismo com clima de civilidade é importante ter sua continuidade, diz Jonas acentuando que o PT votou na eleição do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, que é do PMDB, e vem cumprindo todos os acordos com este partido "que é fundamental, é essencial para a governabilidade nacional".

   - Infelizmente, completa Jonas, o PMDB não votou na re-eleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB), um companheiro que garante a autonomia ao Poder Legislativo e dá estabilidade ao processo de mudança.

   DELÍRIO

   Sobre as declarações do prefeito João Henrique dando conta de que o PT atrapalha o andamento das obras do Metrô, Jonas entende que o prefeito está vivendo um "momento de delírio inexplicável". Situa que o prefeito deu declarações elogiando a ministro Dilma Rousseff e, ao mesmo tempo vem com essa crítica sem qualquer fundamento lógico.

  Jonas citou, ainda, que um dos articuladores políticos do governo federal nas relações institucionais é Marcos Lima, o Marquinhos do PT, o qual, esteve em Salvador em homenagem na Câmara e foi elogiado pelo prefeito, e só trabalha em defesa dos projetos da Bahia, sendo uma unânimidade entre todos os parlamentares.

  Daí que, segundo Jonas, não há qualquer tipo de interferência de quem quer que seja do PT em relação às obras do Metrô, cabendo, isto sim, o prefeito fazer sua parte e responder as questões no TCU.

   CRISE

   Sobre a crise financeira mundial que está afetando, também, a economia brasileira Jonas observa que teria sido muito pior para o Brasil se o país não estivesse sendo govenado pelo presidente Lula da Silva. Vê, por conseguinte, que o governador Wagner está administrando esse viés com capacidade, embora reconheça que haja uma queda nas exportações diante do setor de comodities.

   - A política de FHC vinculada a ALCA seria um desastre se tivesse essa continuidade no país. Felizmente temos um presidente sintonizado com os movimentos populares e que tem atuando na área econômica como muita sabedoria.

  DEMOCRATAS

   O presidente do PT diz que a intenção do DEM em investir contra o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff faz parte do processo político, mas, considerou que o DEM não tem projeto para o país, daí o que considera desespero, uma coisa menor querer imputar culpa ao presidente devido ao uso de fotografias de um estúdio brasiliense.