Com emendas subscritas pelos integrantes da Comissão de Saúde, e ainda sob divergências com os  sindicatos e associações de servidores do estado, o Projeto de Lei 17.726/08, que institui o PCCV-Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos do funcionalismo, tem previsão de votação, na Assembléia Legislativa, na próxima terça-feira, 27.
 
Servidores estaduais da Saúde, auditores, médicos e veterinários lotaram, nesta semana, a sala da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa. Da audiência participaram seis deputados da base governista e um da oposição. A presidente do SindSaúde, Tereza Deiró, deixou claro que o setor não admite ter o pessoal administrativo fora do Plano.
 
"Um motorista de ambulância", salientou, "é bem diferente de um motorista de parlamentar ou do próprio governador". Segundo ela, "de tudo que foi exaustivamente discutido para a construção do PCCV proposto pelo Sindsaúde-BA com a participação dos trabalhadores, nada consta da publicação do Projeto de Lei no Diário Oficial".
 
CADÊ A MESA?

Deiró disse que "há 11 meses não ocorre reunião da Mesa Central de Negociação". Ela lamentou que  das propostas entregues aos secretários Jorge Solla, da Saúde,  Rui Costa, das Relações Institucionais, e Manoel Vitório, da Administração, receberam como resposta apenas tabelas de difícil compreensão. 

"Não dá para tratar com a SAEB do que jeito com que nos tratam, queremos um plano para todos", reagiu. Segundo o deputado Javier Alfaya (PCdoB), 21 categorias buscaram os parlamentares para viabilizar emendas ao projeto.

Secretário de Saúde no governo João Durval, o médico Nelson Barros, mostrou que "o plano do Governo apenas `macaqueia´ as Constituições federal e estadual, no que tange aos aposentados, e se converte em inconstitucional". Os auditores rechaçam a idéia de terem que acumular auditagem do SUS e do Planserv, conforme prevê anexo do projeto do Executivo.