A sucessão na Câmara Municipal de Salador vira "samba de crioulo doido".

   Antes irreconciliáveis PMDB, PT e PCdoB admitem fechar um acordo na luta pela eleição do novo presidente da Casa Legislativa, em substituição ao vereador Paulo Magalhães, posto no cargo em função da renúncia de Alfredo Mangueira.

   Com esse novo movimento e a indicação do vereador Alan Sanches, em substituição ao pré-candidato Pedro Godinho, o vereador Paulo Magalhães Jr, presidente interino, respaldado pelo parecer da Procuradoria Jurídica da Câmara que sustenta a legalidade de sua permanência, admite que não convocará novas eleições e vai permanecer no cargo por dois anos.

   A vereadora Aladilce Souza situa que na reunião hoje não se discutiu o apoio da oposição ao candidato do PMDB à presidência, Alan Sanches, em troca da indicação de algum nome da oposição para o cargo de 2º secretário, afirmando que PCdoB e PT continuam defendendo a candidatura da petista Vânia Galvão a presidente.

  Em tese, a reunião serviu apenas para reforçar a convocação da eleição, pois, duvida-se, na prática de uma aliança PT + PMDB. Mas, em política, com o prefeito mordido pela mosca azul sendo opção para uma candidatura a governador, em 2010, o PMDB pode tomar esse rumo.

  O vereador Alan Sanches reforçou que na reunião não se fechou qualquer apoio a seu nome na disputa, pois "o momento agora é de tentar garantir a realização das eleições. Somos completamente contrários ao parecer". Até pouco tempo, esta não era a posição de Alan.

 
   Já o vereador Paulo Magalhães Jr diz que o parecer é conclusivo e defende a sua permanência dentro da legalidade jurídica.

   Há, como apoio do prefeito João Henrique, uma adesão muito grande à permanência de Magalhães e ele busca apoio interno para se consolidar como presidente. Ele vinha se mantendo calado no processo. Mas, diante dessa esdrúxula aliança PT + PMDB + PCdoB praticamente disse que não convocará nova eleição.