Política

GOVERNO PODE AMPLIAR VALOR DO SUBSÍDIO DO FGTS PARA CASA PRÓPRIA

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| 10/01/2009 às 10:24
  O governo poderá ampliar em até R$ 900 milhões - de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,5 bilhões - o valor dos subsídios dado pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nos financiamentos à compra da casa própria por famílias com renda mensal de até cinco salários mínimos (R$ 2.075).

  Segundo o Programa Nacional de Habitação, que será lançado neste mês pelo presidente Lula, os subsídios serão bancados com ganhos que o FGTS obtém em aplicações em títulos públicos. Atualmente, 50% desses rendimentos se transformam em subsídios. Pelas novas regras, serão 80% das receitas. Esses subsídios serão acrescidos de recursos, a fundo perdido, do Orçamento Geral da União (OGU), cujo valor está sendo definido pelo Ministério da Fazenda.


  Os subsídios cobrirão parte dos juros ou mesmo do principal da dívida que as famílias assumirem com a compra da moradia. Pelas simulações realizadas pelo governo, tendo como base dados da Caixa Econômica Federal, com a "carta subsídio" (como está sendo chamado o benefício), é possível que as prestações da casa própria girem em torno de R$ 200 por mês.
 
  O Ministério das Cidades estima que até 12,5 milhões de famílias poderão ser beneficiadas pelo programa do governo, que, além de agregar esse contingente ao mercado de crédito imobiliário, terá a importante missão de estimular a construção civil, garantir a geração de empregos e contribuir para a meta de crescimento econômico de 4% neste ano.


  O FGTS prevê, ainda, a destinação de R$ 14 bilhões para o financiamento de imóveis populares a famílias com rendimento de até R$ 3.900. A previsão é de destinar R$ 1 bilhão para uma linha especial aos trabalhadores com salários entre R$ 3.900 e R$ 4.900 que sejam cotistas do fundo, que permitirá a compra de imóveis avaliados em até R$ 350 mil com recursos do FGTS.


  "Essa é uma medida do governo que tanto vai incentivar o mercado de material de construção, como minimizar os problemas de moradias da população mais carente, esperamos que surta o efeito desejado", afirma o deputado Marcelo Guimarães Filho.