A propósito do compromisso de transparência na gestão, assumido pelo prefeito João Henrique, a vereadora Aladilce Souza (PCdoB)  menciona dois episódios recentes que, segundo ela, revelam "contradições" na condução da comprometida transparência pelo chefe do Executivo.

Primeiro, a posição da bancada do governo, no final da legislatura passada, ao se posicionar contra projeto de lei de autoria do ainda vereador e líder da bancada de oposição, Virgílio Pacheco, que estabelecia divulgação obrigatória do valor gasto com a propaganda oficial, inscrito na própria peça publicitária.
 

O projeto, digamos que obviamente, não foi aprovado e, segundo Aladilce, o município perdeu a possibilidade de instituir uma ferramenta para reforçar a transparência e a democracia na gestão.  

O segundo episódio ocorreu durante processo de votação de emenda ao Projeto da Lei Orçamentária para 2009, que estabelecia a divulgação, pelo site da Prefeitura, da movimentação orçamentária  realizada ao longo da gestão.  A Emenda, de autoria da Comissão de Orçamento, presidida pelo próprio líder do Prefeito, levou o vereador Sandoval Guimarães (PMDB) a passar pelo constrangimento - verdadeira saia justa - de indicar voto contrário a sua própria emenda.

A vereadora entende que, como o termo de compromisso do prefeito deva valer a partir dessa nova gestão, e em que pese os dois fatos terem ocorrido na gestão passada, "João Henrique poderia começar apresentando informações sobre o valor e os termos do contrato com o Instituto (INDG) contratado para consultoria na reforma administrativa".

Ela ressalta que durante audiência pública para discussão do projeto na Câmara, a bancada da oposição, cobrou insistentemente estas informações, até que o Secretário da Administração, Ocimar Torres, declarou "não ter condição de informar". Pelo visto, alfineta a comunista, "vai ser necessária a transparência interna também