Política

WAGNER DIZ QUE NÃO HÁ HIPÓTESE DE ENTREGAR ESTÁDIO PITUAÇU AO BAHIA

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| 22/12/2008 às 17:00
O governador almoçou com os jornalistas do segmento político na governadoria
Foto: Foto: BJá
  O governador Jaques Wagner (PT) em encontro com os jornalistas da área política, nesta segunda-feira, 22, durante almoço na governadoria, descartou a possibilidade do Estádio de Pituaçu ser do Bahia ou servir de "centro-avante" do Bahia, como defendeu o novo diretor de futebol do clube Paulo Carneiro.

  - Pituaçu continuará como estádio público e o Estado não passará nada para o Esporte Clube Bahia. Quero inclusive fazer um parque olímpico e ampliar suas instalações esportivas. Há, ainda, a possibilidade de passar a concessão para um grupo da iniciativa privada, através de concorrência pública, mas, não diretamente ao Bahia - completou Wagner.

  Bem humorado, satisfeito com os dois anos do seu governo à frente da Bahia, o governador falou de tudo um pouco, desde seu relacionamento com o PMDB até a eleição para a nova Mesa Diretora da Assembléia Legislativa. Entende que está havendo muita pressa em relação a 2010, mas, essa tensão política ainda não preenche sua agenda.

  Revelando-se candidato natural à reeleição, o governador acha que, quem garantirá sua candidatura com sucesso é o governo. Daí que, 2009, para ele, é o ano do deslanche. E quer estar bem na fita para enfrentar 2010 com realizações e projetos em andamento, além, é óbvio, o apoio do presidente Lula. "Se a população entender é isso que vai contar", assegura.

  Sobre a decisão dos deputados do PT e da Executiva do Partido em apoiarem à reeleição do deputado Marcelo Nilo (PSDB), à presidência da Assembléia, Wagner disse que o PT poderia pleitear um nome próprio, "até porque era a sua vez", porém, entendeu que Marcelo era o candidato dentro da base governamental mais forte. "Marcelo Nilo tem uma postura contributiva e, de minha parte, não tenho a menor objeção ao seu nome", frisou.

   SOBRE A CRISE
   MUNDIAL DA ECONOMIA

   - Falei há pouco com o ministro Mantega (Guido Mantega, da Fazenda), e o presidente Lula está correto com as medidas que já tomou até agora. Teremos, em 2009, um primeiro trimestre mais duro. Em abril, o crescimento retornará. Tenho que ter otimismo e vejo a popularidade de Lula como um fator importante no processo. Tem que haver um puxador e este é Lula. Aonde vou pelo mundo temos credibilidade a gente tem é muito que ensinar.

   SOBRE SEU GOVERNO
   OS DOIS ANOS - I

   - O primeiro ano foi de arrumação da casa. Uma mudanças radical de paradigma depois de 16 anos de domínio de um outro modelo. Neste segundo ano, já temos muita coisa pronta. No terceiro ano, vamos deslanchar. É claro que a crise preocupa. Mas, já existe muita coisa contratada e em andamento. Estamos, também, tomando 1 bilhão de reais para investimentos em infra-estrutura.

   SOBRE A VOLTA 
   DO CRÉDITO

   - O problema maior é voltar o crédito. Estou confiante que, a partir de abril, isso vai acontecer com mais intensidade. O presidente Lula deve anunciar, em janeiro, alguma medida para beneficiar o setor da construção civil. No mundo, há uma expectativa enorme com a posse de Barack Obama, na presidência dos Estados Unidos, e isso é um sinal positivo.

   SOBRE SEU GOVERNO
   OS DOIS ANOS - II

    - A última pesquisa de avaliação nos deu o seguinte saldo. 1) A população absorveu e entendeu a gestão política baseada na democracia. Vamos consolidá-la; 2) O mundo empresarial também aprova o governo porque o vê mais aberto que os governos anteriores, sobretudo no que diz respeito às igualdades de oportunidades; 3) A gestão financeira está com situação mais confortável do que no passado, com mais equilíbrio fiscal e arrecadação crescendo; 4) Temos marcos sociais a apresentar com 170 mil alfabetizados pelo Topa, 50.000 casas contratadas, 1.200.000 pessoas com acesso ao saneamento, entre outros.

   SOBRE A COMUNICAÇÃO
   NO SEU GOVERNO

  - Todo mundo acha que gastamos pouco em publicidade. Estamos discutindo com o pessoal da comunicação e do marketing nosso modelo. Mudamos tudo e não temos a nosso favor uma imprensa oficial fora o Diário Oficial.

   SOBRE O MINISTRO
   GEDDEL E O PMDB

   - Estive com o ministro Geddel hoje trando de assuntos relacionados com a Bahia. Não tenho qualquer informação de que o PMDB pretende sair da base do meu governo. Geddel não é um aliado difícil de se relacionar. Pelo contrário é um bom aliado, confiável.