O Presidente da Executiva Municipal do PPS em Salvador, Virgílio Pacheco, convocou para essa segunda-feira, dia 22/12, uma reunião extraordinária com intuito de expulsar os oposicionistas da sua gestão da legenda. Serão julgados pelo Diretório Municipal os filiados Tiago Martins (Vice-Presidente Municipal), Cláudio Fidel Moreira (Membro da Executiva Municipal), Nivanil Godoy (Membro do Diretório Municipal), Profº Hilbert e Neide Lopes.

A acusação que pesa sobre esses filiados é a que eles apoiaram no segundo turno a reeleição do Prefeito João Henrique, não aceitando o apoio do PPS ao PT.

"O edil em término de mandato, ainda não entendeu que na democracia não existe espaço para um tribunal de inquisição, e esse julgamento está totalmente fora do rito, do regimento e do estatuto interno do PPS", afirmou Tiago Martins.

Dos nove membros titular da Executiva do PPS em Salvador, três (Tiago Martins, Cláudio Fidel e Leonardo Dias) afirmam que não foram consultados sobre o apoio ao candidato Walter Pinheiro (PT), donde se conclui não ter havido nenhuma definição oficial do partido em relação ao apoio. "Se não houve a convocação para reunião, logo a decisão de apoiar o candidato do PT não foi oficial, foi uma tentativa de golpe orquestrada por alguns membros", complementou Cláudio Fidel.

Mesmo com toda essa polêmica gerada pelo apoio de parte do PPS a João Henrique, filiados do partido, principalmente ex-candidatos a vereador, acreditam que agora, com a negativa que o governador Wagner deu ao PPS em relação de abertura de mais espaço no governo estadual, os que foram contra ao prefeito durante toda a eleição podem acabar levando a legenda a tentar uma aproximação com o próprio João Henrique.
 
"Não vou estranhar se souber que filiados do PPS como Miguel Kertzman ou George Gurgel, forem bater na porta do Palácio Thomé de Souza em busca de cargos" ironizou Martins.