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Depois de um ano de trabalho que resultou na criação de pelo menos 70 mil cargos só no Executivo, estão na fila para votação da Câmara dos Deputados outros 51 projetos que tentam criar mais 37 mil cargos na administração pública.
O impacto financeiro, se todos forem aprovados, é estimado em R$ 1,3 bilhão ao ano. Entre os projetos, 28 criam quase 17 mil cargos no Executivo. Os outros 21 abrem cerca de 20 mil novas vagas no Judiciário.
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) argumenta que o governo, diante da crise econômica, deveria congelar as vagas já aprovadas. Aleluia, segundo O Globo, tem sido um dos principais críticos em plenário dessas votações, mas se sente isolado. No caso do Judiciário, o impacto estimado é de R$ 514,5 milhões.
No Executivo, de R$ 795,6 milhões. A maioria dos 51 projetos ainda tramita nas comissões permanentes da Câmara, especialmente na Comissão de Finanças e Tributação (CFT), responsável por avaliar se as propostas obedecem aos critérios previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ressalvando o esforço do colega Arnaldo Madeira (PSDB-SP), Aleluia nota que no PSDB a maioria acaba votando a favor, com medo da reação dos servidores.
E a base do governo Lula, "subserviente, pouco está preocupada com a crise, com o Brasil. Aprova o que Lula manda para o Congresso Nacional". - Espero que o governo decida mudar a orientação para sua base (sobre aprovação de novos cargos). A sociedade não suporta. Acredito que a cada emprego que se cria no governo, se destrói meia dúzia na iniciativa privada.
Por isso, espero que ele contingencie as vagas, como faz com as verbas do Orçamento - disse Aleluia.