A reforma administrativa proposta pelo Executivo Municipal, que reduz o número de secretarias de 17 para 11, proporcionando, segundo a prefeitura, uma economia para os cofres do município acabou de ser aprovada, nesta sexta-feira (19), na Câmara Municipal.

    
     Representantes do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) presenciaram conflitos entre os vereadores e discussões marcaram a votação do projeto até na averiguação das emendas que foram propostas pelos vereadores. Os representantes do sindicato manifestaram-se muitas vezes, vaiando os governistas e até ameaçando atirar sapatos nos parlamentares.

    
   A votação começou pela manhã foi interrompida às 11h e recomeçou 15h da tarde. Depois de mais de 6 horas de discussões, os governistas conseguiram aprovar a reforma tributária e deixaram os oposicionistas contrariados.

  
    Enquanto a oposição reclamou muito da falta de profundidade nas discussões do projeto, os vereadores da situação afirmam que o enxugamento das secretarias e a conseqüente diminuição das despesas seriam indispensáveis para a cidade.

    

      A partir de agora, segundo a nova estrutura criada pela prefeitura, existirão as seguintes secretarias:

- Secretaria de Planejamento, Tecnologia e Gestão (Seplag)

- Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Direitos do Cidadão (Setad)

- Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente (Sedham)

- Casa Civil

- Secretaria da Reparação e de Políticas paras as Mulheres

- Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes

- Secretaria Municipal da Saúde (SMS)

- Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz)

- Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp)

- Secretaria Municipal de Transportes e Infra-estrutura (Setin)

- Secretaria Municipal da Comunicação Social   

PROTESTOS
    
Em meio às discussões para a votação da reforma administrativa proposta pelo prefeito Executivo Municipal, as vereadoras Olívia Santana e Aladilce Souza, ambas do PC do B, criticaram o veto à emenda que propunha a criação de uma Secretaria de Cultura independente, separada da Secretaria de Educação e Esportes.

     A emenda que uniu as secretarias foi proposta pelo presidente da Câmara, o vereador Valdenor Cardoso (PTC), que vê na fusão dessas secretarias a única chance de assumir o mandato de vereador, já que é o primeiro suplente do vereador Téo Senna (PTC) que é um dos principais candidatos a assumir a Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes.  

     "Salvador perdeu novamente a chance de criar uma secretaria apenas para a Cultura, que parece ser a maior vocação da cidade", opinou a vereadora Olívia Santana.

     A vereadora Aladilce Souza também acha que a cultura deveria ser privilegiada. "Essa fusão das secretarias prejudica a estrutura administrativa. É preciso que o município tenha uma estrutura que privilegie a tradição e os costumes do nosso povo. A cultura na nossa cidade precisa ser tratada de um modo especial", opinou.

Atuação de Valdenor - Não resta dúvidas de que o presidente da Câmara Municipal está fazendo de tudo para garantir a aprovação do projeto do Executivo.

      Depois de convocar as sessões extraordinárias para votar o projeto, Valdenor, nesta manhã, contra tudo e contra todos fez uma interpretação "diferente" do regimento da Câmara para garantir que houvesse quórum e a votação fosse concretizada.

     Basta saber se todo o esforço do presidente da Câmara vai dar resultado e se ele, enfim, irá conquistar umas das 41 cadeiras na Casa do Povo.   

(Repórter - Marivaldo Filho)