A reforma administrativa proposta pelo Executivo e detalhada em entrevista coletiva cedida ontem (9) pelo prefeito João Henrique repercutiu na Câmara Municipal, na tarde desta quarta-feira (10). O vereador Virgílio Pacheco (PPS) não entrou no mérito da reforma, mas criticou a maneira com que a prefeitura está forçando a aprovação do projeto.
"É mais uma manipulação do Executivo para a aprovação de um projeto de sua conveniência. É uma desmoralização completa essa reforma no apagar das luzes. Precisamos discutir vários pontos. Para onde vão e de onde vêm esses recursos?", indagou Virgílio Pacheco.
O presidente da Câmara Municipal, o vereador Valdenor Cardoso (PTC), concordou com Pacheco e garantiu que a Casa não votará de maneira apressada o projeto. "A Câmara vai iniciar as discussões. Se não houver a possibilidade de votar, não votaremos, mas temos que começar a discutir e entender sobre a reforma", declarou.
Concordando com o presidente da Câmara, o vereador líder do governo na Câmara, Sandoval Guimarães também afirmou que não existe uma data para a votação do projeto, mas que as discussões precisam acontecer.
A queixa geral entre os vereadores aconteceu pelo fato de que a imprensa tomou conhecimento do que se tratava a reforma administrativa que está sendo proposta antes mesmo do que a grande maioria dos vereadores da Câmara Municipal.
O governista e vereador mais votado nas últimas eleições, Alan Sanches (PMDB), demonstrou muita insatisfação com a atitude do Executivo. "Sou do mesmo partido do prefeito, mas sou contra a metodologia utilizada pela prefeitura. Conheci o teor da reforma através da imprensa. Essa Casa precisa de mais consideração. A prefeitura deveria fazer com que os vereadores tomassem conhecimento da matéria antes da imprensa", opinou Sanches.