Ao considerar o encontro com empresários da Associação Comercial de Itabuna, da Câmara de Diretores Lojistas e do Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista, na última sexta-feira, no Tarik Fontes Plaza Hotel, como um momento importante em termos políticos e econômicos, o prefeito eleito capitão Azevedo destacou que terminada a campanha eleitoral, o momento é de implementar propostas e parcerias institucionais visando a governabilidade.
Também fez um apelo á união e a uma parceria visando o desenvolvimento de Itabuna, que precisa resolver o problema do abastecimento de água e da melhoria da sua infra-estrutura.
Ele observou que o comércio é hoje, de forma geral, o sustentáculo da economia itabunense, uma vez que em função da crise da vassoura-de-bruxa a lavoura cacaueira vem perdendo sua importância e participação na geração de riquezas e empregos.
Admitiu também, que por pertencer ao DEM, um partido de oposição, terá dificuldades de alianças com o governo estadual e federal, o que vai exigir uma maior capacidade articulação política e institucional: "Estivemos em São Paulo e em Brasília, atuando junto a detentores do poder em Brasília, buscando alianças e novas alternativas políticas, mas necessitamos o apoio da sociedade civil organizada."
Necessidade
Salientou ainda, a necessidade de articulação de projetos com os diversos setores da comunidade: "O prefeito e seus secretários não podem fazer milagres sozinhos e o nosso objetivo é governar de forma participativa, discutindo propostas com as diversas instituições, no sentido de destravar bloqueios e implementarmos alianças essenciais para o nosso projeto de governo."
Para capitão Azevedo, agora é diferente e até o PT será convocado a ajudar a administrar Itabuna, através da formação de uma grande frente de forças para o desenvolvimento de Itabuna, que é um grande pólo de comércio e serviços da região.
Entre as prioridades de governo, ele citou que pretende implementar um modelo de gestão pública participativa, com os gabinetes permanentemente abertos para a população, mas com ações calcadas no planejamento e na definição de prioridades.
ACI reitera apoio
ao novo governo
Para o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Itabuna, Ubirajara Coelho, a classe empresarial está preocupada com a gestão que vai se iniciar e por isso teve uma reunião informal, com o prefeito eleito capitão José Nilton Azevedo, no Tarik Fontes Plaza Hotel, com o objetivo de reiterar o seu apoio e ao mesmo tempo encaminhar ou sugerir ações que deverão ser iniciadas a partir de janeiro.
Considera que com essa reunião proveitosa, a classe empresarial está dando um voto de confiança ao novo governo e ao mesmo tempo manifesta o desejo de participar das ações do governo municipal, com reivindicações, opiniões, propostas, sugestões e parcerias a partir dos anseios das bases empresariais.
O vice-presidente da ACI, Itajaí Andrade defendeu ações voltadas para a retomada do desenvolvimento de Itabuna, cidade que no passado teve um comércio pujante, cinco cinemas, dois teatros e era uma referência inclusive no esporte, revelando atletas e valores para as diversas modalidade: "Itabuna é hoje a cidade do já teve, com passeios sujos e ruas esburacadas, que não resistem a uma chuva."
Ele manifestou ainda o seu apoio para que o prefeito eleito faça uma boa gestão, trabalhando com austeridade e transparência, implantando um governo de gestão participativa. O objetivo seria o de retomar para a cidade a condição de pólo regional e de desenvolvimento do interior baiano.
Água
Como representante da CDL, Eduardo Carqueja destacou a questão da água como um fator limitante ao crescimento de Itabuna, impedindo inclusive a expansão do setor industrial. Defendeu ainda o apoio da classe empresarial ao novo governo, atuando ao lado do executivo e do legislativo na defesa dos interesses de Itabuna.
Edvaldo Ferreira, dirigente do Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista defendeu como alternativa de fortalecimento do setor comercial a ampliação do seu horário de funcionamento, o que vai ampliar a competitividade em relação aos grandes centros de comércio e serviços. Além de ser uma opção para a geração de mais empregos.
União
O diretor da ACI e da Associação Baiana da Indústria Hoteleira (ABI), Eduardo Fontes, defendeu o apoio ao prefeito eleito independente de partido ou qualquer outro viés ideológico: "A nossa política hoje é Itabuna, uma cidade que todos desejamos melhor e mais humana, com a expectativa de um governo sério e que a coloque no topo onde sempre esteve ao lado de Salvador e Feira de Santana."
Ele destacou ainda, que apesar de contar com profissionais qualificados e de alto nível, Itabuna também está perdendo espaços na área de saúde. Já o empresário Ronaldo Aboud defendeu o fortalecimento do comercio lembrando que cada real gasto no comércio se multiplica por cinco.
Luiz Mota, do setor de turismo e presidente do Lions Itabuna Sul, considera que Azevedo foi eleito com uma marca de honestidade e trabalho: "Nós acreditamos no seu governo e no resgate do desenvolvimento de Itabuna como um centro de comércio e serviços da região."
Jurandir Nascimento hipotecou o seu apoio à nova gestão que se inicia em janeiro, "que ao invés de adversários, deve ter aliados. Um governo bem intencionado deve ter todo o apoio inclusive para a retomada da gestão plena da saúde." Ele também falou dos problemas da saúde de Itabuna e do empenho do governo do estado para municipalizar a saúde novamente.
Planejamento estratégico
O economista e empresário Carlos Ulisses Dórea defendeu no novo governo a implantação de um sistema de planejamento estratégico, com metas de curto, médio e longo prazos, o que facilitaria a captação de recursos federais para projetos: "Nós necessitamos a alavancagem de recursos para assegurar uma contrapartida aos investimentos em diversas áreas," complementou.
Para José Moreira Laythner o novo governo deve priorizar também parcerias institucionais, uma alternativa para as dificuldades que terá de enfrentar. Citou ainda que Itabuna perdeu para Porto Seguro um importante seminário de contabilistas, por falta de um centro de convenções: "Mas a cidade também precisa de uma central de abastecimento e de obras para resgatar a sua posição no cenário baiano."
Apoio às pequenas empresas
Ao destacar que a pequena empresa gera empregos e precisa ser estimulada, o empresário Ailton Matos, da Incamilho, uma indústria 100% itabunense, defendeu políticas municipais de estimulo e motivação para o empreendedorismo como fator de desenvolvimento.
Ao ressaltar que o apoio do empresariado é importante para o novo governo, José Raimundo Araújo alertou ao prefeito eleito para as dificuldades que o município terá para realizar investimentos, uma vez que o orçamento não reflete a realidade do município, que terá de fazer uma revisão política e administrativa tendo como base de apoio o comércio local.
O secretário executivo da ACI, Alfredo Malta parabenizou o prefeito eleito, cuja candidatura nasceu das bases populares: "A cidade precisa de mudanças e de melhorias, inclusive no trânsito, uma vez que há carência de estacionamento e espaço para os 35 mil veículos em circulação na cidade."
Já o ex-presidente da ACI e publicitário, Silvio Roberto, lembrou que o Seminário de Propaganda e Marketing realizado a duas décadas pela associação transferido para a Uesc porque Itabuna mesmo com uma população de 210 mil habitantes, não dispõe de um centro de convenções. Defendeu uma mobilização da sociedade para cobrar obras como essa e o abastecimento de água que são essenciais.