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"O governador Jaques Wagner abre mão de receita do Estado em troca de esmolas do governo Lula", criticou o vice-presidente nacional do Democratas, deputado José Carlos Aleluia, ao contestar o apoio do governador da Bahia à reforma tributária proposta pelo Executivo.
O líder disse que a Bahia será prejudicada e estranha que outros grandes Estados, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, estejam reagindo à reforma tributária, enquanto o governador Jaques Wagner abre mão da autonomia baiana, "simplesmente para continuar dócil e submisso ao presidente da República".
Para Aleluia, em vez de liderar um movimento de esvaziamento do Nordeste, claramente atingido pela reforma tributária, Wagner deveria aliar-se aos Estados que defendem uma reforma que atenda aos interesses dos cidadãos nordestinos, especialmente da Bahia.
"A subserviência ao Palácio do Planalto exacerba a distância entre o Centro-Sul e o restante do Brasil. Os prejuízos à Bahia, em face da passividade do governador Wagner, representarão enormes perdas ao Estado, a médio e longo prazos", advertiu Aleluia. Aleluia lembra que a Bahia vem perdendo espaço desde que Wagner chegou ao Palácio de Ondina.
"Mesmo em relação a outros Estados do Nordeste, estamos ficando pelo caminho. Pernambuco, com um governador mais ousado - Eduardo Campos (PSB), também da base do governo Lula - transformou o Estado vizinho num canteiro de obras. A Bahia, historicamente, sempre foi altaneiro, sobranceiro. Não pode continuar como mero instrumento de agrado aos caprichos do governo Lula, como insiste em proceder o governador Wagner", protestou Aleuia.