Com a presença de trabalhadores terceirizados com salários atrasados, foi aprovado, por unanimidade, no início da noite desta quarta-feira (26), o projeto nº 218/08 sobre o orçamento municipal para o ano de 2009.

    As sete emendas aprovadas pela Comissão de finanças, orçamento e fiscalização depois de serem bastante discutidas receberam o aval de todos os parlamentares presentes na Câmara Municipal .

    
   Os vereadores Aladilce Souza (PCdoB), José Carlos Fernandes (PSDB), Olívia Santana (PCdoB), Reginaldo Oliveira (PCdoB) Vânia Galvão (PT) e Virgílio Pacheco (PPS), apesar de também votarem a favor do projeto, apresentaram algumas ressalvas quando declararam seus votos.

   
    Virgílio Pacheco, por exemplo, afirmou que anteriormente o prefeito João Henrique (PMDB) poderia alterar o valor do orçamento em 35% sem consultar a Câmara Municipal. "Isso é tão absurdo que nem o presidente da comissão de orçamento que é governista aceitou e diminuiu para 20% o poder de remanejamento do prefeito", contestou.

    VOTAÇÃO APRESSADA

    A vereadora Vânia Galvão (PT) também criticou alguns pontos do projeto. Ela comparou a "aprovação apressada" e o "rolo compressor" do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) com a votação do orçamento que queria ser aprovado rapidamente pelo Executivo.

   A vereadora ainda demonstrou insatisfação porque, segundo ela, nem todos os vereadores tinham conhecimento do que estava sendo votado, já que das 180 emendas propostas, apenas 7 foram aprovadas pela comissão.

    
   O presidente da Comissão de finanças, orçamento e fiscalização e líder da bancada do governo na Câmara, o vereador Sandoval Guimarães (PMDB), respondeu a petista afirmando que, com relação ao PDDU, a população já deu a resposta nas urnas e ainda garantiu que as emendas do projeto estiveram sempre disponíveis, inclusive no seu gabinete.

   TERCEIRIZADOS

  Em todos os pronunciamentos da sessão desta quarta, os trabalhadores terceirizados se manifestaram vaiando ou aplaudindo os vereadores.

  
   Segundo eles, o prefeito João Henrique teria agido de má fé ao prometer pagar os salários atrasados antes da eleição, e agora que já foi eleito teria esquecido o que havia prometido a esta classe.

     José Carlos Fernandes foi um dos que defendeu os trabalhadores e cobrou uma atitude do prefeito. "Ele tem que cumprir o que prometeu. A fome não espera e quem trabalha tem direito a receber", reivindicou o tucano.