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Governo e oposição não chegaram hoje (26) a um acordo, na Câmara Federal, para a votação da reforma tributária ainda em 2008.
O líder do Democratas, deputado ACM Neto, que participou da reunião dos líderes hoje, disse que é impossível votar a proposta do jeito que está. Ele contou que os partidos oposicionistas discordam de 20 pontos do texto aprovado na comissão especial na semana passada.
"Mostramos no texto quais são esses pontos, mostramos quais são as nossas sugestões. Agora o esforço é ver no que é possível avançar".
ACM Neto disse que os partidos oposicionistas são contra a proposta porque avaliam que ela deverá aumentar a carga tributária, complicar o sistema, prejudicar os estados e municípios e ainda incluir na Constituição pontos que poderiam ser resolvidos facilmente por legislação infraconstitucional.
"É uma colcha de retalhos que saiu fazendo concessões a torto e a direito e que não vai melhorar o sistema tributário brasileiro", ressaltou o parlamentar.
O governo ameaça, apesar das críticas da oposição, votar a reforma na próxima terça-feira na Câmara. Mas o presidente da Casa, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), já admitiu que, por conta dos projetos que obstruem a pauta na Casa, a proposta só deve mesmo ser votada ano que vem.
Além dos líderes, participaram da reunião o relator da matéria, deputado Sandro Mabel (PR-GO), e o presidente da comissão especial da reforma tributária, deputado Antônio Palocci (PT-SP).