Política

PMs PROTESTAM NA ASSEMBLÉIA CONTRA MUDANÇA NAS SUAS APOSENTADORIAS

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| 25/11/2008 às 18:18
Perfilados, nas galerias da ALBA, cantaram o hino "Centenário, a Milicia de Bravos"
Foto: Foto: BJá
   Perfilados na galeria da Assembléia Legislativa dezenas de militares da Polícia Militar cantaram na tarde desta terça-feira, 25, o hino "Centenário, a Milícia de Bravos", após o pronunciamento do deputado capitão Tadeu, PSB, o qual, condenou no plenário o projeto de lei do Executivo que modifica o regime de aposentadorias dos PMs igualando-os à condição de servidores públicos estaduais.

  Segundo o capitão Tadeu, trata-se de um projeto absurdo, inconstitucional, pois, fere a Constituição Federal. "A Constituição diz que não somos servidores públicos e sim militares estaduais, daí que a Secretaria de Administração não pode apresentar um projeto misturando as duas competências", frisou Tadeu situando que o militar tem funções especiais, inclusive com grande risco de perder a própria vida.

  Tadeu lembrou que, só este ano, já foram mortos 30 PMs, os policiais vivem na miséria, não têm equipamentos adequados de trabalho, enfrentam bandidos em desigualdade de condições e um projeto dessa natureza, como o apresentado pela Saeb, segundo o deputado, só faz prejudicar ainda mais a categoria.

  "Ficarei envergonhado do meu Estado se um projeto com esse teor passar pela ALBA, daí que apresentei uma emenda corrigindo essa distorção", concli Tadeu.

   PRECIPITADO

   Para o líder do governo na ALBA, deputado Waldenor Pereira, PT, o capitão Tadeu se precipitou ao organizar uma manifestação de protesto com a presença de PMs na ALBA, uma vez que ainda estamos discutindo o projeto e a emenda por ele apresentada. "Estamos analisando, através do diálogo, qual é a real situação para então darmos um parecer sobre a matéria", completou.

  SARGENTOS

  Dois sargentos PM ouvidos pelo Bahia Já no saguão Nestor Duarte disseram que estão decepcionados com o governo Wagner, "a quem confiamos e votamos", e de quem não esperavam uma atitude dessa natureza de um dirigente do PT. 

  Segundo os militares, o projeto fará com que percam algumas vantagens que têm na aposentadoria, obriga-os a trabalharem 35 anos ininterruptos na Corporação ou até os 65 anos de idade, e os coloca no Suprev (ou Bahia Previ) nas mesmas condições dos civis, "quando temos atribuições diferenciadas, em permanente risco de vida".

  Os PMs temem pelo pior e que a única saída da categoria é mobilizar-se, pressionar os deputados e até partir para posições mais radicais.