A bancada de Oposição já fechou questão e vai votar a favor da emenda proposta pelo PSB de manter a previdência diferenciada dos Policiais Militares bem como a Gratificação por Atividade Policial (GAP). 

O deputado Clóvis Ferraz (DEM) destacou que o fim da GAP e sia incorporação ao salário, não representa nenhum ganho real ao salário dos policiais militares. "O governo está iludindo o servidor dizendo que ele está ganhando mais. Mas ao passo em que concede aumento, retira a GAP dos salários. O governo não está resolvendo nada. No caso da Previdência, o governo está propondo o fim de um benefício conquistado pela categoria. Não vamos concordar com isso. Em toda sua história recente, esta Casa nunca votou nada contra o funcionalismo", defendeu Ferraz.

Para o líder do governo, deputado Waldenor Pereira (PT), o assunto ainda está sendo analisado pela liderança para uma compreensão maior do assunto, no plano jurídico, sobretudo.

Já o líder em exercício da Oposição, deputado João Carlos Bacelar (PTN) lembrou que o governador Jaques Wagner se elegeu mostrando os contra-cheques do funcionalismo. "Agora, o governo só sabe de arroxar o funcionalismo. Até hoje o estado gastou 43% da receita com o funcionalismo, mesmo valor dos governos passados e que eles sempre condenaram. Porém, mantém a mesma prática. Qual a diferença dos governos de antes e do governo de agora? Ainda envia para esta Casa medida inconstitucional quando pretende aprovar matéria que tira da PM a especificidade da previdência. É um grave prejuízo para a categoria que tem semanalmente seus integrantes assassinados pela insegurança do Estado. Rejeitamos o projeto e somos favoráveis às emendas propostas pelo PSB", afirmou.

O líder do Democratas, deputado Heraldo Rocha já assegurou apoio da bancada à emenda contra o fim do GAP e da Previdência especial dos Policiais Militares. O também democrata Júnior Magalhães, em resposta aos discursos da base do Governo responsabilizando o passado por questões do presente, chamou atenção que o PT precisa tomar consciência hoje eles são governo. "Não podem viver responsabilizando o passado pela incompetência, wagareza e ineficiência do seu governo", afirmou, sendo aplaudido pelas galerias.