Política

PINHEIRO LAMENTA QUE SALVADOR NÃO TENHA SECRETARIA CIÊNCIA/TECNOLOGIA

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| 21/11/2008 às 13:11
  O presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI) da Câmara dos Deputados, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), citou a cidade de Salvador como exemplo a lamentar entre as capitais que ainda não compreenderam como prioritária o papel de uma secretaria de ciência e tecnologia.

 "É inaceitável que nas nossas capitais a criação dessas secretarias ainda não seja algo prioritário por parte dos nossos prefeitos. Falo com muita dor da minha capital Salvador", disse o petista durante Fórum, em Brasília, que reuniu essa semana secretários estaduais de Ciência e Tecnologia de todo o País.

Pinheiro falou da importância de pressionar os governos estaduais e municipais para a criação dessas secretarias e que um dos desafios colocados para o Congresso é dizer às pessoas que o tema faz parte do cotidiano do povo brasileiro.

"Acho que esse é um papel importante que os fóruns e o Parlamento devem desempenhar, para que a gente possa dizer que esse bicho papão da ciência e tecnologia não é possível de ser tratado apenas pelas grandes nações. Nós hoje temos a mesma oportunidade de usar, inclusive, no nosso país, tecnologia muito mais avançada do que o mundo tem utilizado", afirmou.


Durante o evento, que reuniu também representantes das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), o deputado parabenizou as instituições de ensino e pesquisa, "que, ao longo desses anos, nos deram uma contribuição enorme para que hoje a gente pudesse estar festejando um dos melhores momentos da ciência e tecnologia no Brasil".


Sibratec

Ao lado de Pinheiro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, destacou a importância de programas, como o de Núcleos de Excelência (Pronex) e os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia, e de seu esforço, juntamente com os estados e outros colaboradores, para aportar recursos para a formação de pesquisadores. "O Pronex, por exemplo, conta nesta edição com R$ 220 milhões e nós vamos ampliar os recursos do governo federal. O CNPq e o FNDCT vão aportar R$ 20 milhões", disse.


Outro desafio colocado por Rezende é a necessidade de melhorar a articulação com os estados para concretizar o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), cuja implantação está sendo feita de "maneira gradual e tímida", na visão do ministro. Ele explicou que o sistema funcionará como interface entre os centros de pesquisa e as empresas locais, com um papel comparado ao que a Embrapa fez no agronegócio.