Política

DEPUTADO DIZ QUE GOVERNO USARIA R$200 MILHÕES PARA AGRACIAR DEPUTADOS

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| 20/11/2008 às 16:21
A tumultuada sessão que terminou nesta madrugada na ALBA e as denúncias de Elmar (F/BJá)
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   Na tumultuda sessão que votou o Plano Diretor de Saneamento do Estado, encerrada às 2h45min desta quinta-feira, a tensão subiu às alturas quando o deputado Elmar Nascimento, PR, afirmou na tribuna que o governo usaria uma verba de R$5 milhões em emendas para cada deputado, visando aprovar os projetos do seu interesse.

  Imediatamente, o líder do governo, deputado Waldenor Pereira, PT, disse que tal afirmação não tinha cabimento e que considera o pronunciamento do deputado Elmar "inportuno e agressivo". Nas contas de Waldenor seria uma coisa tão absurda, o govero sinalizar emendas dessa natureza, o que daria mais de R$200 milhões se fosse contempladas toda sua base.

  Elmar também narrou os prováveis acertos com o secretário Rui Costa, das Relações Institucionais e o grupo do PR que seria contemplado com a secretaria da Agricultura e as participações, nas conversas do deputado José Carlos Araújo e do conselheiro Otto Alencar.

  Outros deputados também protestaram contra a atitude de Elmar, o líder do PT, Paulo Rangel, e o deputado Álvaro Gomes, do PCdoB.

   Mais calmo, o deputado Elmar, posteriormente, pediu desculpas aos colegas.

   DVD COM O LÍDER

  Nesta quinta-feira, por volta das 11h, o líder do governo, Waldenor Pereira, solicitou a fita do DVD do pronunciamento de Elmar a TV Assembléia, mas, em conversa com o BJá descartou que possa tomar alguma medida visando punir o deputado do PR.

  GABAN

  O deputado Carlos Gaban (PTN) protestou na mesma sessão contra a urgência na votação de três projetos, depois da Casa passar quase seis meses sem analisar uma matéria.

  "Esta Casa fica inerte durante tanto tempo e agora querem que analisemos três projetos importantes sem que possamos analisá-los, sem saber o que vamos votar. Depois de tanto tempo sem fazermos nada, agora vamos ter 20 projetos para analisarmos em menos de 30 dias, o que é um absurdo", enfatizou.