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O líder da oposição, Gildásio Penedo, protestou diante da decisão dos governistas (F/D)
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A bancada do governo, ignorando a ordem do Judiciário, que determinou que a composição dos colegiados técnicos respeitasse a proporcionalidade obtida na eleição estadual de 2006 e não na data da posse dos parlamentares, no ano seguinte, após a cooptação de diversos deputados pelo governo, acaba de iniciar a implantação das Comissões permanentes na Casa.
Na Comissão de Constituição e Justiça, o deputado José Neto (PT) foi eleito, ou melhor reeleito como presidente. Conforme o deputado líder dos Democratas, Heraldo Rocha, "Esta eleição foi ilegal, não cumpriu uma decisão judicial. Este ato confronta a Justiça baiana. Coerência não tem preço e este ato é incoerente" afirmou o líder.
Já no seu pronunciamento o deputado Gildásio Penedo Filho fez questão de "não parabenizar o novo presidente". "A única ação que solicitamos da bancada de governo é que seja cumprida uma decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia onde o relator, desembargador Eserval Rocha decide que: 'voto pela concessão da segurança para determinar que o cálculo da representação partidária/bloco na formação das Comissões Permanentes da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia seja feito levando-se em consideração a composição partidária fruto das eleições e não aquela existente na data da posse dos parlamentares, bem como seja adotado o critério de escolha alternada para a direção das aludidas Comissões, considerada a referida composição formada pela vontade popular'".
O deputado Waldenor Pereira (PT), líder do governo, disse que não está havendo nenhuma desobediência a proporcionalidade e tudo está sendo feito de acordo com o Regimento Interno da Casa. No caso da alternância, Waldenor diz que não concorda com ela e a tradição da Casa é da maioria manter as principais comissões sob seu controle.
Waldenor situa que é natural a reclamação da oposição, mas, manterá o processo em curso, dentro do que considera a legalidade da Casa.