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Candidatos João Henrique e Walter Pinheiro no debate da TV Bahia (F/Fábio di Castro)
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O debate realizado na noite desta sexta-feira, 24, na TV Bahia, não deve mexer na cabeça do eleitor que vai votar no domingo, alterando o quadro que já está posto nas últimas pesquisas com mais de 92% do eleitorado definido por um dos candidatos.
O candidato do PT, Walter Pinheiro, perdeu a última chance, de polemizar com maior força com o candidato do PMDB, João Henrique, sobretudo quando foi chamado de 'cara de pau` e não soube responder ou se posicionar à altura, ficando a reboque.
João Henrique "abusou" da ironia e do fato de ser prefeito, repassando números mais precisos aos telespectacores, colocou dados completamente infundados em relação a história da cidade ("encontrei Salvador completamente às escuras", "muitas creches estavam abandonadas", foram alguns deles), mas, o candidato do PT, ou por falta de conhecimento ou de pegada não soube rebatê-los.
Não se pode dizer quem ganhou o debate, até porque isso é muito vago e na política as paixões são tão acirradas quanto no futebol. Quem é PT aponta Pinheiro; quem é PMDB aponta João e não adianta questionar esses pontos-de-vistas.
Pinheiro centralizou sua determinação em se apresentar ao público como um candidato/prefeito que é companheiro e não tem chefe, que sabe o que quer e vai administra com essa perspectiva.
João se mostrou como o prefeito, aquele que está no cargo e tem responsabilidade com a cidade e vai fazer muito mais, não deixando que Salvador páre ou entre numa aventura.
De parte à parte, as perguntas entre os candidatos não apresentaram surpresas e muitas delas foram repetidas de outros debates. Em todas, João mais irônico, espirituoso, (e isso conta positivo para quem está na poltrona) e Pinheiro muito clássico, linerar, com a postura parlamentar.
No final, os candidatos apresentaram as saudações de praxe no apelo ao voto do eleitor, João pediu aos seus eleitores para vestirem verde (esperança) ou amarelo (prosperidade) no dia da eleição e Pinheiro conclamou os seus a integrarem a onda vermelha.
As ondas estão equilibradas e mobilizadas. No domingo, na festa maior da democracia, o eleitor decidirá que vai administrar Salvador pelos próximos 4 anos, se o candidato "companheiro" ou o candidato que pede uma nova chance para concluir sua obra.