Além disso, de acordo com o parlamentar, os 280 equipamentos estaria sendo adquiridos em pregões fracionados. O primeiro visava a compra de 60 equipamentos e os demais, diluídos em vários pregões. Consta ainda da denúncia que as exigências feitas pela Sesab eliminariam da concorrência as empresas que ofereceram o produto a preços mais competitivos e apenas uma delas preencheria os requisitos descritos no edital. A empresa vencedora, inclusive havia sido desclassificada no processo inicial de habilitação e, após apresentar três recursos - dois dos quais rejeitados - teve os argumentos acatados depois de realizado testes técnicos nos equipamentos.
"Os testes de equipamento foi realizado no Hospital Ana Nery no último dia 16 e dois dias antes, 14/10, a Sesab já estava com parecer técnico pronto, aprovando o equipamento. O mais estranho é que o teste e o parecer técnico foi emitido pelo engenheiro argentino Alfredo Cornalli, que não teria seu registro no Conselho Regional de Engenharia (CREA-BA) da Bahia, necessário para emitir pareceres no estado que, coincidentemente, é casado com a diretora técnica da Sesab, Marcélia Souza", afirmou o parlamentar.
"Quero saber para onde vão estes R$20 mil de diferença entre o preço mais baixo e o do ventilador adquirido pelo Estado e porque está fracionando uma licitação, num pregão laranja, já que o Estado sabe que vai adquirir 280 ventiladores pulmonares", cobrou o deputado. "Já sabíamos das graves deficiências na comissão de licitação da Sesab, mas hoje há uma total desorganização da administração, marcada pela incompetência e ausência administrativa do governador. Esta é a administração da Bahia que, quando não realiza dispensa de licitação e faz pregão eletrônico, este é eivado de vícios", afirmou o deputado.
DEFESA DO GOVERNO
Em defesa do governo sobre as críticas de Bacelar a redução do custeio por parte da SAEB, o deputado Paulo Câmara, da base aliada do governo disse que o deputado Bacelar precisa ser melhor informado pois, no governo Wagner houve uma mudança de terminologia e métodos na aplicação dos recursos públicos, e é inegável que houve uma enorme economia para os cofres públicos.
Câmara leu ainda termos de uma ação de improbidade administrativa que existe no âmbito do Ministério Público contra o então secretário de Administração do prefeito João Henrique, Luis Carlos Café, e defendeu o governador Wagner atacado pelo prefeito no último debate da TV Itapoan.