Segundo a assessoria de João Henrique "depois de censurar a imagem do presidente Lula no programa do PMDB - indo na direção contrária da autorização do próprio Lula - agora o PT de Salvador quer censurar a parceria da cidade com o governo federal". A avaliação, do candidato a reeleição, João Henrique, é resultado de informações distorcidas veiculadas no programa eleitoral do rádio e da TV pelo candidato Walter Pinheiro sobre obras realizadas conjuntamente pelos governos federal e municipal.
A primeira delas, acrescentou o prefeito, diz respeito ao metrô. "Ele diz que a prefeitura recebeu mais de R$ 400 milhões para o metrô e não conclui a obra. Ontem mesmo eu assegurei, numa entrevista a uma emissora de televisão, que a primeira etapa será finalizada até dezembro", destacou João Henrique, que espera do candidato do PT de Salvador uma explicação sobre os atrasos na vinda dos vagões do metrô provocado por uma correligionária dele.
O convênio, no total de R$ 488 milhões, foi assinado em dezembro de 2007. Conforme cronograma estabelecido, o contrato tem duração até o final de 2010. O prazo é o mesmo estabelecido pela prefeitura para a finalização do segundo trecho. Portanto, sequer há atraso por parte da atual administração.
A demora provocada pela gestão anterior não pode ser superada de uma hora para outra. O diretor de Obras da Companhia de Transporte de Salvador, Carlos Alberto Chamadoira, destaca que um recurso de mais de R$ 400 milhões não pode ser aplicado sem planejamento. "O segundo tramo (trecho da obra) será iniciado assim que o primeiro for concluído. Já estamos fazendo as desapropriações dessa área. A obra será entregue no prazo", informou.
Walter Pinheiro disse que a prefeitura não faz nada para realizar a contenção de uma encosta em Vila Canária, sem contar que a trapalhada foi feita no final do governo de Antônio Imbassahy (PSDB). O serviço faz parte de um conjunto de obras, iniciado em 2004, integrado também pelas localidades de Vila Mar e Curralinho (já concluída), num valor aproximado de R$ 3 milhões. A empresa vencedora da primeira licitação começou a apresentar atrasos e irregularidades na execução dos trabalhos, gerando reclamações dos moradores da Vila Canária e levando a Prefeitura a rescindir o contrato e realizar nova licitação.
A administração atual fez nova licitação. Responsável pelo repasse dos recursos, provenientes do Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal solicitou um relatório complementar, já enviado pela prefeitura, que aguarda agora apenas a aprovação do novo contrato pela CEF para retomar as obras. "Como nós temos uma parceria de resultados com o governo do presidente Lula, tenho certeza de que o mais rápido possível essa autorização vai ser dada e vamos melhorar a vida da população da Vila Canária", acrescentou o candidato à reeleição.
Dever de casa
O prefeito considera que, se o candidato Walter Pinheiro fizesse "o dever de casa" de todo o candidato, se informando melhor, saberia que a prefeitura, na atual administração, está fazendo sua parte. "Ele também distorce a realidade quando omite todo o trabalho do secretário Eliel Santana, do Desenvolvimento Social, para a ampliação do cadastro no bolsa família". Esforço concentrado da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) garantiu a Salvador o terceiro lugar em número de beneficiados no Bolsa Família, perdendo apenas para São Paulo e Fortaleza.
Uma equipe de 80 cadastradores foi montada pelo atual secretário visando assegurar, até o final do ano, o benefício para 162 mil famílias, garantindo somente este ano o cadastramento de mais de 27 mil famílias. "Eu gostaria que o meu adversário perguntasse sobre o bolsa família à ex-secretária Dorinha da CUT, que é do partido dele. Posso garantir que a gestão municipal do programa está bem melhor agora."
O prefeito estranhou que o candidato do PT de Salvador tenha dito que a prefeitura não faz nada da habitação. No programa eleitoral, o candidato a reeleição mostrou as máquinas trabalhando num local em que o concorrente do PT de Salvador dizia que nada havia.
Contando com recursos federais, inclusive do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a prefeitura está construindo 597 unidades em Baixa Fria, Baixa de Santa Rita e Vila Guaratinga/Pernambués e assegurou os recursos para 220 unidades em Vila Metrô. Há ainda o apoio a construção de 708 unidades através do Programa Crédito Solidário.