Registrando o número de 45 crimes de morte no primeiro semestre como uma "marca histórica negativa", o candidato atribuiu parte desse resultado ao desmanche da rede de proteção social que sua administração, de 1997 a 2000, ajudou a implantar em Lauro de Freitas. Para o ex-prefeito, os programas de esporte e de cultura que criou, além da Escola de Cadetes Mirins, hoje extintos, contribuíam para a integração de dezenas de milhares de jovens numa época em que são muitos os apelos negativos.
Roberto Muniz chamou a atenção para o fato de a prefeita achar que fez tudo em Lauro de Freitas, quando, na verdade, sua gestão é caracterizada pela inoperância. Segundo disse, ela desconhece a história do município e de sua população, que, ao lado de prefeitos anteriores, muitas vezes realizou obras em mutirão. Acusou ainda a prefeita de "pressão sobre igrejas evangélicas" utilizando a falta de alvará, e de "demissão de funcionários" que ousaram lhe declarar apoio. "Essa perseguição e essa falta de competência ocorrem numa cidade da Região Metropolitana, uma cidade vizinha a Salvador", arrematou.
Apresentando documentos ao radialista Mariani, o ex-prefeito Muniz demonstrou que o orçamento participativo, embora seja uma iniciativa positiva, não se traduz em obras e serviços para Lauro de Freitas, conforme denunciam os próprios delegados de comunidades. "O orçamento participativo só contempla 2% dos recursos, o restante a prefeita investe como quer", disse. Afirmou que a prefeita nem teve coragem de divulgar quantas salas de aula construiu em três anos e meio, enquanto ele construiu "mais de 100" em sua gestão.