Política

PINHEIRO AFIRMA QUE VAI ACABAR COM AS ARs E CRIAR SUB-PREFEITURAS

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| 13/07/2008 às 18:28
Pinheiro defene política de inclusão de todos os segmentos da sociedade (Foto/Div)
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 A necessidade de aprovação do Projeto de Lei 122/2006, em tramitação na Câmara dos Deputados, que prevê, dentre outras providências, a prisão para quem praticar a homofobia foi um dos temas tratados pelo candidato a prefeito de Salvador, deputado Walter Pinheiro, da coligação "Salvador - Bahia - Brasil" (PT, PSB, PC do B, PV), durante café da manhã ocorrido hoje (dia 13) com religiosos na Igreja Batista de Nazaré.

Há dados que apontam o Brasil como país campeão em mortes de homossexuais. "As Igrejas não podem ser favoráveis a essas agressões", pregou o deputado.

           
Estavam presentes no evento cerca de 100 pessoas, dentre elas pastores de igrejas evangélicas, educadores, profissionais da área de saúde, o deputado Yulo Oiticica, a vereadora Aladilce Souza (PC do B) e candidatos a vereador de vários partidos.

Depois de conclamar os presentes a lutarem ativamente em favor da vida, da justiça, da comunhão e contra todas as formas de opressão, o candidato petista defendeu o planejamento de longo prazo para ordenar o desenvolvimento humano de Salvador. "Temos que planejar a cidade dos próximos 40 anos e não apenas fazer um plano para uma gestão de quatro anos", defendeu.

FIM DAS ARs


Pinheiro disse também que, sendo eleito, pretende deflagrar processos que garantam a participação da população de todos os bairros no planejamento de curto, médio e longo prazos.

Outra proposta defendida pelo candidato foi o fim das Administrações Regionais (ARs) e sua substituição pelo que chamou de sub-prefeituras, capazes de articular diversos serviços públicos municipais e estaduais. "Não faz sentido uma pessoa deslocar-se de Paripe em busca de um serviço que só funciona no centro da cidade. Os serviços públicos têm que estar disseminados em todas as regiões", explicou.


COMITÊ

Pinheiro também realizou uma caminhada pela avenida Vale das Pedrinhas à frente de mais de 200 militantes da coligação "Salvador - Bahia - Brasil" (PT, PSB, PC do B, PV), e inaugurou o comitê central da sua campanha.

"Aqui é a casa das mulheres, dos negros, dos excluídos, dos homossexuais, de todos que são vítimas da violência e da discriminação. É a nossa trincheira, o nosso quilombo, de onde organizaremos o diálogo com a cidade para revertermos as prioridades na gestão de Salvador", disse o candidato.

          
"Este local é simbólico, foi daqui que partimos para a vitória de Waldir, de Wagner e daqui estamos partindo para a vitória de Pinheiro", afirmou a ex-prefeita. Pinheiro agradeceu o apoio dos partidos que integram a coligação "Salvador - Bahia -Brasil" e disse que a história da sua companheira de chapa, Lídice da Mata era uma referência importante para a futura administração. "Lídice já demonstrou que Salvador é a Cidade - Mãe, a cidade de todos nós", disse, em alusão ao slogan da gestão da ex-prefeita.

         

Depois de lembrar que a última experiência da esquerda no poder em Salvador foi exatamente aquela liderada pela sua candidata a vice Lídice da Mata, cujo governo foi sitiado e cerceado pelas forças políticas conservadoras, que controlavam o poder federal e estadual na época, Pinheiro destacou a oportunidade histórica que a cidade vive agora de "associar as políticas públicas federais e estaduais às políticas municipais". Esta associação já começou a ocorrer com o atual governo local - este ano Salvador receberá R$ 1,4 bi de verbas federais - e deverá ser intensificada com um prefeito petista.