O governador Jaques Wagner afirmou neste sábado durante a Convenção do PT que oficializou a chapa Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB), respectivamente, a prefeito e vice de Salvador que tem três candidatos na capital, mas, que chegou a hora de construir a "nossa hegemonia" e eleger a dupla Pinheiro/Lídice. "Quando tirar a roupa de governador e for à urna meu voto é de Pinheiro", confessou.

  Wagner também esteve na Convenção do PSDB prestigiando o ex-prefeito Antonio Imbassahy, porém, reservou todo seu entusiasmo à Conveção do PT diante da militância do partido e de comitivas do PCdoB e PV. Para o governador chegou a hora do PT e aliados, a frente de esquerdas, serem hegemônicos na Bahia. E para isso é preciso conquistar Salvador. "Temos que provar que somos os melhores", situou.

  Segundo Wagner, a identidade de propósito com a chapa Pinheiro/Lídice é muito boa, "pensa dentro do nosso ideário" e até fez uma tirada poética ao dizer que "Deus mandou essa chuva para que as sementes que estão sendo plantadas agora "sejam vitoriosas em outubro próximo". 

   Para o governador, lhe agrada muito a analogia promovida em cartazes espalhados no Centro de Convenções dando conta de que "o Brasil mudou com Lula", a Bahia está mudando com ele (Wagner) e Agora é Salvador. Entende o governador que houve um resgate social no Brasil com o presidente Lula e, no momento, "nós estamos mudando com práticas da democracia do relacionamento humano".

   Disse ainda que está consciente do papel do seu governo, da "plantação" de programas e projetos que vem executando e do que acontecerá no amanhã. "Agora chegou a hora de encaixar Salvador. Pois, aqui entre nós está a essência, o amâgo. Digo isso sem ofensa aos outros, e sim com humildade. Que Deus abençoe a serenidade, a seriedade e a competência", concluiu com chamamento à vitória.

  FALA DE PINHEIRO

  Último a falar na Convenção, o deputado Walter Pinheiro, fez agradecimentos à família, ao governador, a Waldir Pires, a Nelson Pelegrino, a direção do PT, aos militantes do partido, a Lídice da Mata, Olívia Santana e o PCdoB e a direção partidária do PV. Pinheiro deu duas estocadas no carlismo ao lembrar de perseguições que sofrera por parte de ACM e fez um pronunciamento político.

   Destacou que vai apresentar ao longo da campanha seu programa de governo para a cidade e adiantou que terá duas frentes básicas: um pacote de projetos viáveis; e a valorização do soteropolitano. Perdeu uma boa oportunidade de falar quais seriam esses projetos e foi bastante genérico sobre o resgate da cidadania. 
 
   No mais uso velhos chavões da política baiana ao citar a excessiva preocupação de prefeitos com a Orla Atlântica e o esquecimento do miolo da cidade, situado que pretende fazer uma cidade para todos.