Política

PF FECHA PREFEITURAS EM MINAS E FAZ PRISÕES NA OPERAÇÃO JOÃO DE BARRO

Balanço deve sair ainda hoje
| 20/06/2008 às 15:13
O ministro da Justiça, Tarso Genro, diz que não há motivação política na operação (Foto/Div)
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  A Polícia Federal fechou diversas prefeituras em Minas Gerais para cumprir mandados de busca e apreensão da Operação João de Barro, cujo objetivo é detectar pessoas envolvidas em um esquema de fraudes em licitações com verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo a PF, por volta das 15h deve chegar ao Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, um avião que trará 38 pessoas que foram presas no interior de Minas, além de documentos e computadores.

  Das 119 prefeituras que teriam envolvimento no esquema, 114 são em Minas Gerais. Divinópolis, Juiz de Fora, Itaúna, Ribeirão das Neves e Contagem são alguns dos municípios que tiveram as sedes ocupadas pela PF. Ainda de acordo com a Polícia Federal, em pelo menos cinco cidades houve prisões: Belo Horizonte, Caratinga, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Lagoa Santa.


  Na sede da Polícia Federal, em Belo Horizonte, dois quarteirões foram interditados durante a madrugada para o controle dos carros que chegavam com documentos e pessoas investigadas.


  No bairro Belveder, os agentes da PF prenderam o lobista identificado João Carlos. No apartamento dele, foram encontrados R$ 43 mil em cheques e R$ 142 mil em dinheiro. Ele está na sede da Polícia Federal, para onde serão levados os outros detidos.

Mil policiais federais participam da operação em sete estados e no Distrito Federal. Foram cumpridos também 231 mandados de busca e apreensão.


  Segundo o MGTV, a assessoria de imprensa da prefeitura Contagem informou que os documentos foram entregues à PF e que a prefeitura já está funcionando normalmente. Em Juiz de Fora, a administração municipal informou que não vai se manifestar sobre a operação.


A prefeitura de Divinópolis informou que os trabalhos da PF estão sendo feitos com tranqüilidade. A administração de Itaúna afirmou que a cidade não recebeu recursos do PAC.


EXPLICAÇÕES DO MINISTRO

O ministro da Justiça, Tarso Genro, disse nessa sexta-feira (20) que a Operação João de Barro, da Polícia Federal, não tem motivações políticas e a investigação teve como ponto de partida as auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU). A Operação tem por objetivo desmantelar um esquema de fraudes em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

"Quero deixar claro que todas as buscas e mandados de prisão não têm nenhuma destinação a alguma região específica ou mira qualquer facção política. O governo quer reafirmar que operações são normais e vão continuar, porque queremos combater a corrupção", disse o ministro.