Viva Sêo Ferreira, o espada de Barra do Mendes
Fila do beija mão ao prefeito João Henrique, na Pupileira. João fez 49 anos. (Foto/via celular)
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Miudinhas da política, da cidade do Salvador, da Bahia e globais:
1. Em conversa com um experiente deputado, a justificativa que este encontrou para considerar baixos os índices de investimentos do governo do Estado, até essa altura do ano, estariam relacionados com um fato histórico que vem sendo praticado na Bahia desde o então governador ACM (1991/1994) diante da não coincidência das eleições para os pleitos de deputados, governador e presidente da República; e de prefeitos e vereadores.
2. Desde então, ACM instituiu a espera da segunda "fornada" de prefeitos eleitos dois anos depois que o governador assume e, só então, com a nova planta política em mãos, inicia-se uma maior liberação de recursos do Orçamento. Como tem-se eleições em outubro próximo, admite-se no meio político que o governador Wagner venha adotar a mesma prática, pois, teria a partir de janeiro de 2009, a base de prefeitos que vai perdurar até 2012.
3. Como a eleição de governador é em 2010, Wagner tem 1 ano e 8 meses pela frente (a partir de janeiro de 2009), com calma, com caixa recheado, para então avançar na aplicação dos percentuais do Orçamento, hoje, incluindo receitas tributárias, transferências correntes e outras algo em torno de R$19.2 bilhões. Segundo dados da Sefaz apresentados na AL, avaliação do cumprimento de metas do 1º quadrimestre de 2008, o Tesouro tem uma sobra de caixa em torno de R$1.7 bilhão.
4. Esse parece que será o jogo. Até lá, se não houver nenhuma turbulência na economia, o caixa estará ainda mais gordo e fazer política com esse reforço é sempre bom. ACM ficou 16 anos no poder assim, quer se goste dele ou não. Evidente que os tempos são outros, mas, o modelito nesta Bahia de muitos "coronéis" do interior (e da capital) ainda persiste.
5. Veja o seguinte, por exemplo. Juntaram várias forças numa chamada "Frente de Esquerdas" para derrubar o prefeito de Guanambi, o ex-governador Nilo Coelho, do seu reduto histórico, em 2008. Aí houve uma votação na Comissão de Finanças e Orçamento da AL, requerimento pedindo informações sobre as contas de publicidade do governo. Por coincidência, o sobrinho de Nilo, deputado Luis Augusto, que é da base do governo (PP) votou a favor do requerimento e contra o governo.
6. Mudando de um pólo a outro, todo mundo político sabe que são irmãos, e muito unidos, o Procurador de Justiça do Estado, Lidivaldo Britto, e o Secretário de Saúde do Município de Salvador, José Carlos Britto. Mesmo havendo esta situação peculiar, os vereadores da Oposição acreditam que o MPE vai fiscalizar, de forma severa, todos os atos administrativos baseados no decreto de emergência baixado pelo Prefeito João Henrique (PMDB), para à área da saúde, e que teve como objeto um requerimento deles neste sentido.
7. Os comentários nos corredores da AL davam conta de que após as festas juninas devem ser publicados no DOE cerca de 100 convênios entre as Prefeituras e a Bahiatursa com objetivo de bancar financeiramente os festejos em louvor a São João e São Pedro. Diz-se que a média por convênio é de R$ 20 mil. Salvo melhor juizo esse era um médoto bastante aplicado no governo da "herança maldita". Esses atos também costumam ser publicados no final de semana.
8. A Bahia tem 417 municípios e vão ocorrer festas de toda natureza. As festas "indoor" (novo nome para as de camisas) muitas vezes realizadas por pessoas que têm estreitas ligações com prefeitos, são as mais badaladas. Têm eventos cujos acessos custam até R$ 80. O Axé São João de Amargosa tem essa característica e até a Central do Carnaval já pôs seus tentáculos por lá.
9. Agora, fartura mesmo são nos multimilionários municípios da RMS, os quais, botam pra quebrar nas contratações de nomes nacionais, pagando cachês maiores que os praticados no Centro Sul. Camaçari e São Francisco do Conde disputam essa parada entre os grandes eventos gastadores.
10. O fato governador Wagner declinar pessoalmente, em entrevista a TV local, nomes de chefes de quadrilhas de traficantes de drogas não combina com a liturgia do cargo. Nestes casos, pelo menos é isto que se vê em outras praças, ao governador cabe falar em termos impessoais, deixando para os subordinados as nominações necessárias.
11. Imaginava-se que o asfalto "sonrisal" tinha sido banido da cidade do Salvador. Mas, ledo do engano. Continua se dissolvendo na primeira chuva, daí que até combina com a propaganda da Prefeitura falando em "banho de asfalto".
12. O negócio do PP, confessa um deputado, não é planejamento e sim "fazimento".
13. Essa trapalhada do Exército no Rio de Janeiro deu uma "manchada" legal na candidatura de Marcelo Crivela, o bispo da IURD.
14. A Cooperativa dos Condutores de Rádio Táxi de Salvador suspendeu a Assembléia Geral que faria no auditório do Sindiquímica. Alega seu presidente que o auditório está em reforma. Tem gente chiando achando que há lebre com orelhas de fora.
15. A propaganda da Prefeitura de Camaçari fala até de uma "Nova Era na Educação". Só esqueceram de avisar ao MEC porque as notas da Bahia nas últimas avaliações ficaram abaixo da crítica.
16. Até Margareth Menezes está fazendo forró no interior da Bahia. Deve ser o "movimento-afro-pop-forró". Na Bahia acontece de tudo!
17. O pessoal da Sefaz/Prefeitura garante que vai pagar os salários dos terceirizados pela Fapes. Pelo menos até o São João sai o salário de maio.
18. Segundo a Assessoria de Imprensa da SSP, pela manhã, a informação era de que 200 homens/políciais participavam da "Operação Cerco", no Centro Histórico de Salvador. À tarde, aumentou-se para 250 no release. Pulou mais do que a inflação.
19. Na Comarca de Barra do Mendes, a juíza Dália de Zaro Queiroz realizou cinco casamentos, dos quais chamou atenção o de José Alves Ferreira, de 110 anos, com Nádia Maria da Silva, 45 anos. É de se dizer que Ferreira vem de ferro, daí que o camarada ainda pode ser espada.
20. Nesta mesma Comarca, no clube AABB, rolou a festa de São João com todos os servidores de Barra do Mendes e de Ibititá. Para a juíza, a festa é uma forma de integrar as duas comarcas. A dúvida é saber de Sêo Ferreira foi à festa.