Veja declarações do deputado
No esforço para controlar o país, além do que o processo democrático sugere, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus seguidores atropelam as leis e as instituições. Na esfera de poder do Executivo, apenas o Exército Nacional não havia sucumbido às garras do lulismo.
Com as mortes de jovens no Rio de Janeiro, revela-se que nem mesmo as Forças Armadas conseguem manter-se à margem da corrupção que assola o país na era Lula, afirma o vice-presidente de Democratas, deputado José Carlos Aleluia (BA).
O líder apóia a manifestação do presidente do Clube Militar, general Gilberto Barbosa Figueiredo, de que "o Exército não está preparado para atuar dessa maneira que está atuando (no Rio), porque essa não é a missão do Exército. E que ia acontecer alguma coisa, mais cedo ou mais tarde, era ultraprevisível", afirmou.
"O envolvimento do Exército com traficantes, como atestam a execução de três jovens no Rio de Janeiro, remete para o equívoco cometido pela instituição, ao aceitar a determinação do presidente da República de que as Forças Armadas participassem de uma operação político eleitoreira, uma afronta às tradições do Exército e que culminou com a chacina dos rapazes", observou Aleluia.
Para o líder, a intimidade do lulismo com narcoterroristas das Farc torna dispensável explicar a aproximação dos governistas de plantão com traficantes dos morros do Rio de Janeiro. Daí até imiscuir as Forças Armadas nos interesses escusos do lulismo, segundo Aleluia, vai uma distância grande e o Exército não poderia ter se subordinado ao papel de polícia.
"O inaceitável é o Exército ter acatado a orientação esdrúxula de um presidente inconsequente, que, a troco de uma cumplicidade eleitoreira, levou as Forças Armadas a desempenharem papel de polícia. Lula tenta passar à opinião pública desconhecer o papel do Exército ? a mesma postura que o presidente adota em relação aos seus companheiros, que, descaradamente, à luz do dia, assaltam o dinheiro do povo, mesmo operando a dois passos do gabinete presidencial", declarou Aleluia.
O deputado lamenta que o presidente Lula, "sem altivez nem respeito à liturgia do cargo", mande cinicamente um preposto pedir desculpa aos familiares pelas mortes dos filhos executados pelo tráfico. "Se Lula fosse razoavelmente sério teria ido ao Rio enfrentar as famílias enlutadas, vítimas da politicagem de um presidente demagogo e inconsequente. Ao contrário, escondeu-se no Palácio do Planalto e enviou comissários para tentar acalmar a revolta de famílias humildes.