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Os serventuários ocuparam o saguão da AL e querem resposta do Legislativo (Foto/BJá)
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Dezenas de serventuários da Justiça em greve ocuparam a galeria e o saguão da Assembléia Legislativa, nesta segunda-feira, 16, para pressionar a banacada do governo no sentido de votar o Projeto de Lei 17.281 que atualiza o Plano de Cargos e Salários (PCS) da categoria. A líder do movimento e presidente do Sinpojud, Maria José Silva (Zezé) disse ao BJá que está esperando uma resposta do líder do governo na Casa, deputado Waldenor Pereira.
Como a matéria ainda não entrou na pauta de votação e os debates estão sendo realizados em plenário, hoje, dificilmente será apreciada. O líder da oposição, deputado Gildásio Penedo, DEM, propôs a bancada do governo a dispensa das formalidades regimentais a fim de que a Casa vote o PCS, mas não obteve êxito.
Respondendo pela liderança da base, o deputado Álvaro Gomes (PCdoB) argumenta que até entende o apelo de Penedo e as reinvindicações dos serventuários, "com os quais já conversei e sou favorável a causa", e situou que o projeto será analisado o mais rápido possível.
A AL, segundo a presidente do Sinpojd é a responsável pela greve uma vez que desde o final de maio que as conversações vêm sendo realizadas com a base do governo e nada acontece. Ademais, a argumentação da presidente do Sinpojud tem respaldo na medida em que o PCS foi encaminhado à Casa Legislativa após discussões com o Sintaj e encaminhado à AL por uma comissão tripartide, com representação da cúipula do TJ e dos trabalhadores.
Para o líder do Democratas, Heraldo Rocha, quem deve ser responsabilizado pela greve é a base do governo e não a oposição e/ou a Assembléia Legislativa como instituição. O que está acontécendo - diz o deputado - é que o governo não libera sua bancada para votar. Há inclusive, deputados da base solidários à matéria, mas, há uma diferença enorme entre ser solidário e votar", acentua.
Diante desse impasse os serventuários manterão a greve até que a AL vote a matéria. A líder do movimento, a sindicalista Zezé, diz que essa é a única maneira que tem para acontecer a votação.