A atitude dos governistas revoltou o grupo que exigiu mais respeito e consideração por parte dos parlamentares que se ausentaram. A integrante da Associação Metamorfose Ambulante de Funcionários e Familiares de Serviço de Saúde Mental (AMEA), Silene Almeida, criticou a atitude de parte dos vereadores.
´´Isso é falta de respeito e falta de caráter dessa cambada. O Setps está pedindo para que seja feito o recadastramento, mas quando chegamos lá, estão suspendendo os passes livres de todos´´, denunciou Silene.
O presidente da AMEA, Josueliton Santos, responsabilizou o vereador Agenor Gordilho pelo corte do passe livre e citou a cidade de Feira de Santana como um exemplo a ser seguido pela capital. ´´O cadeirante Agenor Gordilho (DEM) que está solicitando a retirada dos passes livres por questões políticas. Está na constituição que o deficiente tem direito ao passe livre, mas em Salvador, diferentemente do que acontece em Feira de Santana, por exemplo, o transtorno mental não está sendo considerado como deficiência´´, afirmou o presidente da AMEA.
Josueliton ainda criticou o sistema de perícias do INSS que, segundo ele, apresenta muitas falhas. ´´Eu, por exemplo, quando passei pela perícia, fui avaliado por uma pediatra sendo que tenho problemas ortopédicos e transtornos psiquiátricos´´, declarou Santos.
A vereadora Aladilce Souza (PC do B) foi solidária às reivindicações dos portadores de deficiência mental e também criticou o posicionamento dos governistas que acabaram com a sessão. Para ela, ´´foi um enorme falta de respeito porque a obrigação dos vereadores que foram escolhidos pelo povo, é estar aqui para discutir os problemas da população´´, opinou. (Repórter - Marivaldo Filho)