Política

VIRGÍLIO PACHECO DIZ QUE RESPONSÁVEL PELOS CAOS NA SAÚDE É O PREFEITO

Vereador Virgílio Pacheco é do PPS
| 28/05/2008 às 16:28
   "A crise na Saúde do município de Salvadorque vem se arrastando há mais de um ano e deve-se à má administração da Prefeitura. O maior culpado pela situação calamitosa a que chegaram os hospitais e postos de saúde municipais é o prefeito João Henrique (PMDB). Ele tinha obrigação de acompanhar e fiscalizar o que estava acontecendo".

   A afirmativa é do vereador Virgílio Pacheco presidente do diretório municipal do PPS, o qual, fez pronunciamento neste quarta-feira, no plenário da Câmara Municipal. O pronunciamento de Virgílio foi em decorrência da declaração de estado de emergência no âmbito da saúde.
 
    "Ele tomou está decisão muito tarde assumindo a imagem de quem estaria querendo resolver um problema que ele mesmo permitiu que tomasse proporções de crise" destacou Virgílio lembrando que a população de Salvador sofre nos postos de atendimento médico as conseqüências da falta de administração.

    Virgílio Pacheco afirmou que o prefeito João Henrique tornou-se mais que nunca responsável pela crise na Secretaria Municipal da Saúde (que nesta gestão já teve três secretários) quando obrigou os vereadores da bancada governista a impedir a instalação de uma Comissão Especial de Investigação (CEI) para apurar os graves indícios de irregularidades na secretaria.

   O pedido de instalação da CEI foi feito meses depois da morte da servidor da secretaria Neylton Silveira assassinado para não denunciar as irregularidades que teria descoberto e com as quais não concordava. O Ministério Público já denunciou os vigilantes Jair Barbosa da Conceição e Josemar dos Santoscomo executores do crimee a médica e ex-subsecretaria da Saúde Aglaé Amaral Sousa e a consultora Tânia Maria Pimentel Pedroso como mandantes da morte de Neylton.

   DESPERDÍCIO

   O assunto tem sido tema de debates na Câmara de Vereadores e a oposição defende que, entre as irregularidades que precisam ser apuradas e esclarecidas, estão o desvio de R$ 220 milhões de um total R$440 milhões empenhados de março a outubro de 2007 do SUS direto para os cofres da Secretaria Municipal de Saúde, os quais foram parar nos cofres da Universidade Federal da Bahia, e o pagamento de R$7 milhões por ano para uma empresa ligada à Ufba prestar consultoria para implantação da Gestão Plena de Saúde na capital.

   Além disso, através da Secretaria da Saúdea prefeitura alugou um prédio na Avenida Vasco da Gamaem por R$43 mil mensais ou seja R$516 mil por ano. O imóvel ficou sem utilização durante dois anos e só agora a secretaria está reformando para servir como sede da Vigilância Sanitária e Vigilância Epidemiológicae de um laboratório central e saúde ambulatorial.

  "Muito dinheiro jogado fora durante dois anos enquanto o povo padecia nos postos de saúde sem atendimento e sem medicação"condena Virgílio.