16 Miudinhas revelam que subiu o tom da campanha municipal
O ministro sentou à pua em Imbassahy, ACM Neto e no PT na solenidade com PTB (Foto/Div)
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Miudinhas da política, da cidade do Salvador, da Bahia e globais:
1. A segunda-feira começou como se diz no popular "como o diabo gosta" na política baiana. O primeiro episódio ocorreu no auditório da Federação das Indústrias (FIEB) quando foi lançado o Programa Acelera Bahia, o PAC baiano. No momento da composição da mesa, por um desses "lapsos" do cerimonial um dos últimos a ser convidado à mesa solene foi o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Pela lógica, após o presidente da Casa, Vitor Ventim, viriam o governador Jaques Wagner e o ministro Geddel.
2. Mas, sabe como são essas coisas. Esquecimento é um negócio sério. O pessoal tava com uma memória fraca e esqueceram, de novo, de citar o ministro Geddel na matéria posta à imprensa pela Agecom. Na matéria tem declaraçções dos secretários Martins e Amoedo, do presidente da FIEB, Vitor Ventim; do vice presidente da Braskem, Manuel Carnaúba; do presidente do Sinduscon, Vicente Matos; do presidente da Ademi, Walter Barreto; do presidente da Associação Comercial, Hilton Lima; e nem uma linhazinha de Geddel.
3. Na semana passada, só para lembrar os fatos, porque não estamos esquecidos de nada, o PMDB liberou uma matéria à imprensa dando conta de que o ministro Geddel e o presidente Lula da Silva não iriam deixar a população de Guanambi sem água. Nessa matéria, certamente por algum "esquecimento" também não há uma linha sobre o governador Jaques Wagner.
4. Outro que esqueceu completamente da cronologia governamental foi o ex-governador Roberto Santos. Convidado a falar no Acelera Bahia sobre a petroquímica, a instalação do Pólo de Camaçari, fez elogios ao desempenho do então governador Luiz Viana Filho (1967/1970) e pulou para o seu governo (1975/1978), como se não tivesse existido o governo de ACM (1971/1974). É cada coisa interessante na política, passados tantos anos e mesmo com o "velho" morto.
5. Na história real aconteceu o seguinte: Luiz Viana foi o precurssor da Petroquímica, no plano governamentar do chamado "Sistema Militar". ACM deu sequência a esse trabalho e foi importante no processo, depois veio Roberto Santos, o qual, também contribui na industrialização e, em seguida, novamente ACM. Ainda, só pra lembar, os três foram nomeados governadores via indireta pelos militares, com referendo na Assembléia Legislativa, majoritariamente arenista.
6. Não se sabe se por esquecimento ou outro motivo qualquer, quem não apareceu na FIEB foi o presidente titular, Jorge Freire, considerado no meio político como "carlista de carteirinha", embora na sua reeleição à presidência da FIEB tenha se mantido no cargo por desempenho próprio. Mas, entre os petistas, Jorge é intitulado com o modelo "carlista especial".
7. Perguntaram ao secretário Edmon Lucas, do Desenvolvimento e Integração Regional, se ele iria continuar no PTB depois do episódio adesão a João Henrique (PMDB), sem consultá-lo e ele foi objetivo: - Estou pensando em sair. Vou consultr o home (o governador).
8. O governador Wagner, sem querer; querendo perguntou ao vice-presidente da Braskem quando a empresa iria resolver a questão da Cláusula 4, velho acordo do Sindiquímica, ação milionária que rola há anos na Justiçca.
9. Ainda no Acelera Brasil quando deu por volta das 10h40min, o ministro Geddel pediu licença à Mesa, acelerou seu passo e foi para a solenidade no Centro de Cultura da Câmara, na adesão do PTB à candidatura João Henrique (PMDB). Aí, neste ambiente, Geddel reinou e chegou a ser chamado de "grande arquiteto" pelo prefeito. Como o chefe do Executivo é evangélico deve ter se inspirado em Deus "o grande arquiteto do Universo".
10. À vontade, em casa, Geddel sentou à pua em Imbassahy, ACM Neto e no PT. Sobre Imbassahy diz que ele "cospe no prato que comeu" (o carlismo), que suas gestões foram abarrotadas de dinheiro e que não conseguiu concluir o metrô. Disse ainda que Imbassahy é o "falso carlista", perseguiu os servidores e deixou-os à mingua, sem reajustes salariais. Sobre Neto, a quem chama de "carlista original" diz que ela fala em "soluções novas", na TV, mas não apresenta uma sequer.
11. Sobre o PT destacou que este partido não tem autoridade para fazer críticas a ninguém, muito menos ao PMDB, uma vez que rompeu uma aliança "uma coisa séria" e que os gestores da pasta da Saúde na Prefeitura, indicados pelo PT, sucateram o setor.
12. Pra fechar o círculo do poder da segunda-feira, Fábio Mota, secretário da SESP e muito ligado a Geddel também espinafrou ACM Neto, o qual, estaria se usurpando da Guarda Municipal. Ademais, o prefeito João Henrique deu umas estocadas em Imbassahy.
13. Como se vê, teremos uma campanha municipal na linha da canela para cima. Aquela história de campanha de alto nível e indicações de propostas, pelo visto, vai pro beleléu.
14. O governo já admite inflação com 6% ano ano. Tem produtos que já subiram bem mais do que isso.
15. Uma parte da sessão na Assembléia Legislativa, com discurso do líder do PT, Paulo Rangel, homenageou a memória do deputado Paulo Jackson, o qual, completou 8 anos de falecido. Vários deputados da oposição (Heraldo Rocha, Gildásio Penedo, Paulo Azi) e da situação (Waldenor Pereira, Álvaro Gomes) solicitaram apartes enaltecendo a figura do deputado Paulo Jackson.
16. O BahiaJá bateu novo recorde na última sexta feira com 77.623 matérias vistas por leitores.