Política

MAIA AFIRMA QUE GOVERNO NÃO CUMPRE PROMESSAS SOBRE SISTEMA AÉREO

Veja nota da direção do DEM
| 18/05/2008 às 19:13
    Em nota divulgada neste domingo, a direção nacional do Democratas, através do presidente Rodrigo Maia, afirma que o presidente Lula da Silva não está em condições de debitar apenas ao setor privado a conta da ineficiência do sistema aéreo brasileiro, uma vez que não consegue conjugar os compromissos que assumiu para resolver os problemas com a tarefa de realizá-los. Antes de criticar, o presidente Lula da Silva precisa fazer sua parte. 
       
    O sistema de aviação civil tem de ser tratado com a seriedade técnica e a prioridade política que o problema exige. A incompetência e as imprudências do sistema geraram tragédias que ceifaram a vida de quase 700 pessoas em acidentes aéreos nos últimos cinco anos. Infelizmente, o governo nada para amenizar o descalabro que ajudou a produzir no sistema aéreo. 
       
    Nada foi feito para reduzir o inchaço de Congonhas. Não houve e não há previsão da descentralização para os aeroportos Tom Jobim(RJ), Confins(MG), embora este tenha sido um dos principais compromissos do presidente da República e do ministro da Defesa, Nelson Jobim. As obras prometidas para o Galeão (RJ) e Confins (MG), assim como as reformas em terminais de Campinas, Congonhas e Guarulhos não foram sequer iniciadas.
      
      No Rio, o terminal 1 do Aeroporto Santos Dumont está abandonado e o terminal 2 está caindo aos pedaços. E o aeroporto de Jundiaí(SP), que passou a receber aviões executivos que deixaram de aterrisar em Congonhas, não tem até hoje torre de controle. O aeroporto de Congonhas continua com duas pistas curtas, elevadas, sem área de escape e incrustadas numa zona densamente povoada, vale dizer que qualquer falha poderá reverter em nova tragédia.
      
      Não houve a modernização dos equipamentos destinados a aumentar a segurança dos vôos, assim como não há solução à vista para os conflitos dos controladores. Também não foi atendida a exigência de poltronas mais espaçosas e confortáveis, apesar da ênfase dada a esta medida pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim, pessoalmente empenhado em um denominador comum entre a extensão das cadeiras e o tamanho do quadril dos passageiros. Nada foi feito para aumentar a segurança ou o conforto dos usuários.
      
      A aviação civil continua em crise e a precariedade do transporte aéreo brasileiro é cada vez mais acentuada, uma vez que o tráfego aéreo doméstico de passageiros cresce à média anual de 13% há quatro anos. Isto significa que o volume de usuários dobra a cada seis anos. Em vez de atentar para as necessidades do sistema, o governo Lula se perde no imobilismo e na incompetência.
      
      Em vez de tentar eximir-se de suas responsabilidades, de tentar se fazer de vítima do setor privado e de ameaçar o país com a criação de mais uma estatal para aumentar o descontrole dos gastos públicos, o presidente da República faria melhor se tirasse do papel as medidas que prometeu implementar para minimizar o caos aéreo e aumentar a segurança dos usuários do sistema.