Aconteceu nesta terça-feira, 6
Líder do PT reage e Bacelar retira expressão das "notas taquigráficas". (Foto/BJá)
Foto:
O deputado João Bacelar (PTN) criou um malestar enorme na sessão desta tarde de terça-feira, 6, na Assembléia Legislativa ao criticar duramente a bancada governista "que não aparece pra trabalhar" classificando-a como "base da boquinha".
O líder do PT na Casa, deputado Paulo Rangel (PT) disse que não aceitava em hipótese alguma esse tipo de classificação e exigiu do deputado Bacelar que retirasse sua fala das notas taquigráficas.
Na opinião de Paulo Rangel, a expressão usada por Bacelar não condiz com "a vida do parlamento" e não se aplica a bancada que lidera na Assembléia, do PT, e muito menos a base do governo como um todo. "Desafio que revele qualquer tipo de conduta nessa direção dos integrantes de nossa bancada", completou Rangel.
O deputado Bacelar se desculpou pelo uso da expressão, embora tenha situado que se inspirou no ex-governador Anthony Garotinho quando chamou o PT de "Partido da Boquinha", não se referindo diretamente a nenhum parlamentar por "falcatrua ou benefício pessoal", mas na mesma linha de Garotinho.
Em seguida, Bacelar disse que não costumava ofender bancadas parlamentares de quaisquer natureza, pediu desculpas e retirou das notas taquigráficas sua fala original.
POLÊMICO
METRÔ
O deputado João Carlos Bacelar (PTN), vice-líder da Oposição na Assembléia, questionou hoje quando irá ocorrer a conclusão das obras do metrô de Salvador, cuja previsão inicial era para 2003 e a última data para a inauguração será em 2009. A cidade não comporta mais viver sem um transporte de massa de qualidade e eficiente.
De acordo com o deputado, os seis quilômetros que fazem parte da primeira etapa das obras, hoje são insuficientes para solucionar a crise nos transportes da capital, que já não comporta mais tantos carro, ônibus e motos circulando pela cidade. São quase 550 mil veículos circulando na cidade.
A promessa inicial era de construção de 48,1 km de linhas, com 28 estações. O custo total da obra era estimado em R$600 milhões, incluindo o trecho que ainda está em andamento e transportaria 400 mil usuários por dia. Hoje, o primeiro trecho de seis quilômetros não sairá por menos de R$1 bilhão. E ainda há o risco de deteriorar o que está feito porque as obras estão paradas.