O veto às emendas do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) enviado pelo prefeito João Henrique à Câmara Municipal provocou impasse na sessão ordinária, desta quarta-feira, 23. O primeiro conflito foi sobre a maneira que aconteceria a votação. Enquanto a oposição queria votar o veto em bloco, a situação queria votar artigo por artigo.

  A "culpada" da discórdia foi a 7ª emenda a ser vetada que permitiria a verticalização do morro do Ypiranga. A situação queria que ela fosse votada separadamente e foi realizada uma votação para decidir qual modo a votação seria realizada. Dos 38 vereadores presentes, 20 preferiram uma votação artigo por artigo que promete se estender noite adentro.

  Para o vereador presidente da Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, José Carlos Fernandes (PSDB), o prefeito perdeu a oportunidade de se redimir de seus erros.

  "Quando imaginávamos que João Henrique iria vetar os absurdos do PDDU, ele quis vetar as poucas emendas aceitáveis do projeto. Ele deveria ter vetado, por exemplo, a destruição da mata atlântica para a construção", disse o tucano.

  Quase todos os vereadores da bancada governista se ausentaram durante a votação dos vetos. O único que sobrou, Silvoney Sales (PMBD), quando questionado sobre a urgência de outros vetos no projeto do Plano Diretor foi sucinto. "Vamos acompanhar o prefeito", falou.

  A vereadora Vânia Galvão (PT) reclamou da postura dos governistas que deixaram a sessão. "É lamentável que os vereadores do governo não estejam aqui para discutir a posição que tomaram", reclamou a petista. (Repórter Marivaldo Filho)