Veja a teoria dos 7 Pês de José Serra
Marcelo Nilo, Jutahy, Serra, Sérgio Guerra e Imbassahy na mesa central do Seminário (Foto/BJá)
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O governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB a presidente da República, em 2010, afirmou hoje em Salvador durante o Seminário Gestão Pública Eficiente que, para ser eficiente numa gestão pública é preciso aplicar a teoria dos 7 Pês (Primeiro Dia, Prioridade, Parcimônia, Profissionalismo, Planejamento, Parceira e Participação) e fez uma crítica direta ao PT dizendo que os representantes desse partido não conseguem definir prioridades.
"Tudo para o PT é prioritário, mas nada a prioritário" porque não conseguem definir nada. Serra situou que seu êxito como ministro da Saúde do governo FHC se deveu a aplicacão das teorias dos 7 Pês, em especial, a prioridade. Segundo o governador é ïmpossível governar sem enfrentar interesses e sua luta foi enorme para implantar o programa da AIDS (considerado hoje o melhor do mundo em desenvolvimento), dos genéricos e a ampliação do Programa de Saúde da Família.
"Hoje enfrentamos essa luta contra a postura dos sindicados corporativistas diante do programa de avaliação nas escolas de São Paulo, o que representa uma mudança significativa na qualidade do ensino e vamos vencer" citou o governador afirmando que até uma cartilha com aplicativos dos novos currículos escolares foram queimados em praça pública. "Foi uma atitiude dos anos 1930, do nascente nazi-fascismo que queimava livros nas ruas" frisou.
OS SETE PÊS
Segundo Serra, e esse foi o recado que passou aos candidatos a prefeito e aos futuros gestores municipais, o eleito já deve começar o Primeiro Dia de gestão atuando fortemente sendo "igual do time do Palmeiras". Em seguida, Serra pontuou que sem Prioridade (segundo P) não há governo, pois "se não concentrar não acontece".
O terceiro P citado por Serra foi a Parcimônia, a Poupança. "Gastar com critério e viabilizando a qualidade da gestão". Segundo Serra, o governo federal pode "rodar a manivela de fazer dinheiro, mas os governos estaduais e municipais não podem".
O Profissionalismo foi citado como o quarto P, entendendo-se este item no sentido de "governar com os melhores". Segundo Serra, primeiro escalão com indicações políticas não serve porque "o sujeito vai responder ao partido e não ao prefeito e/ou governador". Ainda segundo Serra isso não significa que a administração não tenha a "política na cabeça".
Serra destacou que o Estado de São Paulo está exigindo, agora, curso superior de administração hospitalar para exercer cargos de direção nos hospitais do Estado.
O quinto P é o Planejamento com estratégia bem definida, metas estabelecidas. São Paulo tem 5.500 escolas públicas só do Estado e "se não houver planejamento não funciona" . O sexto e sétimo Pês citados por Serra são a Parceira e a Participação. Parceria com os governos federal e municipais, "se preparar, ter projetos à apresentar"; e participacão com as entidades e pessoas "dividindo as responsabilidades".
Por fim, Serra destacou que, além de todos esses atributos administrativos é preciso ter, sobretudo, "vontade e coragem para governar".