A proposta da Aneel para a Coelba permanecerá em audiência pública até esta quinta feira, 27, e o representante dos eletricitários, Paulo de Tarso, situa que a Coelba, empresa distribuidora de energia nesses dez anos em que foi privatizada (1997/2007) teve "lucros astronômicos" e deve respeitar a decisão da Aneel.
Para o deputado Marcos Medrado, que fará pronunciamento na Câmara dos Deputados, em Brasília, sobre este tema, a Coelba só tem feito explorar o povo da Bahia e especialmente de Salvador e tem dado uma contra-partida muita pequena à população. "Ao contrário, tem feito é desligar a energia quando os pobres não têm condições de pagar, uma taxa que está superfaturada como provou a Aneel", disse o deputado.
Paulo de Tarso vai mais longe destacando que o consumidor que pagava R$100,00 numa conta de luz, em 1997, passou a pagar, hoje em dia, R$359,59 corrigido pelo IGPM o que representa uma escorcha. "Essa conta, hoje, a rigor, deveria ser cobrada no valor de R$202,85 considerando-se o INPC que é o indicador básico da população, inclusive para a variação dos preços dos alimentos (feijão, arroz, farinha, etc).
Segundo Tarso, essa diferença de R$150,00 a mais cobrada nas contas além de ser ilegal e absurda, ainda assim, a empresa não respeita o marco-básico da lei 8631 que determina a qualidade dos serviços e outros aspectos. "Veja que a Coelba é campeã de reclamações da população mesmo cobrando uma taxa superfaturada", concluiu.
A Coelba abastece 4,3 milhões de unidades de consumo, em 415 municípios na Bahia..